UFMA

Na tarde desta quinta-feira, 23, a UFMA apresentou formalmente à comunidade da Vila Embratel e a membros da própria instituição seu Projeto de Assistência Integral à Saúde do Adolescente. O lançamento oficial contou com a presença do reitor Fernando Ramos, responsável pela elaboração do projeto, e de representantes das entidades parceiras.

Há três anos reunidos, o grupo de Hip-Hop Free Style exibiu uma de suas coreografias. Além deles, o Colun Vox, coordenado pela regente Angélica Vieira, também se apresentou.

A proposta é que no próximo quadriênio, o projeto, que possui várias ramificações, seja consolidado. A maior parte das atividades funciona no prédio do NEVE - Núcleo de Extensão da Vila Embratel. Lá, são desenvolvidas ações que privilegiam a sociabilidade, a geração de renda e sobretudo a ênfase na educação dos adolescentes do bairro, principais alvos do projeto.

Capoeira, Hip-Hop, coral e jóias artesanais são algumas das atividades contínuas do Neve que motivam os jovens do Adolescentro. Os profissionais que atuam no Núcleo consideram significativa a influência de seu trabalho no cotidiano dos adolescentes. "Nós trabalhamos com a conscientização dos jovens, sobre a gravidez, as DSTs, e os grupos concentrados de dança e capoeira. Além de ensinar, temos a preocupação de formar cidadãos. O elo de atração é a capoeira, mas a busca maior é de cidadania, de um futuro pra eles", conta o Mestre Juvenal Pereira, capoeirista que trabalha há nove anos no Neve.

Para fazer capoeira, os alunos precisam ter alguma ocupação: os mais novos devem estar estudando. Aqueles que já concluíram o Ensino Médio devem fazer um curso de capacitação. O grupo Capoeira GG Nagô é composto por 35 pessoas, inclusive, crianças. Mailson Costa Pereira já percebe o resultado de seu empenho. Ele ganhou duas medalhas de prata na última terça-feira, 21, pelo Colégio Deise Galvão. "Eu acho legal estar aqui. Gostei no começo e estou até hoje", afirma o rapaz.

O Biojóia, grupo de mulheres que fabrica bijouterias, também expôs sua produção. Elas comercializam as bijouterias em um stand, no Ceprama. No começo, o grupo se restringia a adolescentes grávidas. A idéia era que durante o período de gestação, elas produzissem o que venderiam após o parto, a fim de terem uma renda auxiliar. Hoje, 17 mulheres – entre adolescentes e mães de adolescentes - aderiram ao ofício, a partir de cursos ministrados no Neve.

O projeto recebe o apoio da UFMA, Fundação Sousândrade e do Banco do Brasil e envolve, além do Neve, trabalhos do Núcleo de Atenção à Saúde do Adolescente (Humi), do Grupo Musical e Cênico Colun-Vox (Dac/UFMA) e do Grupo Musical Vila Pedrinhas.