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Em pesquisa encomendada pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), e feita pelo Instituto Toledo e Associados, ficou comprovada a raridade do hábito de ler dos universitários brasileiros. A pesquisa comprovou, por exemplo, que de cada mil jovens na região Metropolitana de São Paulo, 34% não lêem com freqüência, 18% não gostam de ler e 16%, lêem apenas de vez em quando.

A leitura de livros não-didáticos está fora das lições de casa da maioria dos estudantes de universidades públicas e privadas espalhadas pelo Brasil. Em pesquisa anterior, técnicos do CIEE apontaram problemas semelhantes no Rio de Janeiro: 15% dos universitários ainda não haviam lido pelo menos um livro não didático; 12% leram apenas um, e 36% leram entre um e três livros.

Percebeu-se, ainda, que a leitura de jornais diários também não está incluída na pauta da grande maioria dos universitários. As duas pesquisas mostram que apenas 9% dos estudantes lêem diariamente jornais depois que entram na faculdade.

Uma parcela significativa dos estudantes ainda não despertou para a necessidade de uma formação mais ampla e de ter referências bibliográficas. A base cultural é avaliada no processo seletivo. Quando a formação cultural é pequena, há prejuízo no processo seletivo. “Quem lê mais tem vocabulário mais completo e adquire uma cultura geral maior”, ressalta Marcelo Gallo, diretor regional do CIEE em São Paulo.

A pesquisa também identificou que o acesso à internet se democratizou entre os universitários, cerca de 90% dos que foram ouvidos têm acesso à rede.