UFMA

Estudantes do Centro de Ciências Humanas (CCH) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) realizaram, nesta quarta-feira, uma manifestação no Campus do Bacanga. A ação envolveu a colocação de fitas e dizeres de protesto no prédio do CCH e uma mobilização no Restaurante Universitário. A manifestação - organizada pelo Centro Acadêmico do curso de Licenciatura em Teatro em parceria com outros Centros Acadêmicos e com o diretório Central dos Estudantes (DCE) - criticou a resolução 66/2006 que, segundo os alunos, regularia o uso de espaços físicos e limitaria o número de calouradas no Campus.

Uma das críticas que mais repercutiram no ambiente universitário estão relacionadas à direção do CCH. Os estudantes do curso de Licenciatura em Teatro afirmam que há restrições na realização de manifestações artístico-culturais desenvolvidas por estudantes. Segundo os discentes, o diretor de centro teria limitado o uso de auditórios, do hall do prédio e de data-shows.

"Conversamos com o diretor do CCH e ele disse que os espaços deveriam ser reeducados. Mas é da natureza do curso que se tenha espaço livre para realizar experimentos", disse o estudante que coordena o Centro Acadêmico do curso de Teatro, Abimaelson Santos. Outro aspecto que causou insatisfação nos manifestantes é a obrigatoriedade de supervisão de um professor em eventos promovidos no prédio - aspecto que teria sido imposto pela direção do CCH. “Achamos que o movimento estudantil deve ter autonomia para realizar seus eventos”, disse o estudante Yuri Feitosa, do DCE.

O diretor do CCH, professor doutor Lyndon Araújo, afirma que os estudantes não compareceram às reuniões que resultaram nas decisões. Ele reiterou que, por diversas vezes, convidou os estudantes para dialogar e discutir as mudanças, inclusive no intuito de rever a resolução 66/2006, que restringe o número de calouradas no Campus do Bacanga. “Há registros protocolados de que os estudantes não compareceram às convocações”, conclui o diretor.

Sobre a normatização do uso de data-shows – uma das principais críticas dos manifestantes – Araújo explica que tal medida possui caráter emergencial. Ele diz que o CCH possui apenas três destes equipamentos para beneficiar cerca de 1.500 estudantes. O diretor negou que a realização de eventos no CCH dependa de autorização prévia. “Eu apenas solicitei que qualquer atividade cultural no hall fosse antecipadamente comunicada para colocar a comunidade universitária a par”, disse.