UFMA

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) realizou, na tarde desta quarta-feira, uma reunião sobre a adoção de ações afirmativas nos processos seletivos da Universidade.

O debate envolveu representantes do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE), da Federação dos Estudantes Secundaristas do Maranhão, representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e do reitor e do vice-reitor da UFMA.

Os representantes da UFMA expuseram ao público os motivos que culminaram na adoção de ações afirmativas. A Universidade reiterou sua decisão de adotar o sistema de cotas para Afro-descendentes, oriundos tanto de escolas públicas como de escolas privadas.

Também o compromisso com o estudante da rede pública de ensino foi reafirmado. A decisão da Universidade prevê que o estudante de escola pública terá três chances de ingressar no ensino superior: a primeira está inserida nas cotas destinadas ao aluno de escola pública, que representa metade das vagas destinadas às Ações Afirmativas. Para concorrer, é necessário ter cursado os três anos do ensino médio em escolas públicas. A segunda está nas cotas para Afro-descendentes, caso assim se defina o candidato. A terceira oportunidade está no restante das vagas (Cota Universal), já que estatísticas revelam que só nos últimos três anos, mais de 40% de estudantes oriundos da escola pública ingressaram na Universidade. Índios e Pessoas com deficiência disporão, cada um, de uma vaga por semestre, em cada curso de graduação oferecido pela instituição.

A UFMA declarou oficialmente que o novo Processo Seletivo marcará o início de uma nova Universidade Pública Federal e que, por ser novo, deverá ser reavaliado ao longo dos três anos iniciais (2007-2009). A UFMA destacou, também, o apoio que tem recebido do NEAB, sobretudo na organização de debates para discutir o assunto.

A Universidade constituiu uma comissão que terá como objetivo avaliar o processo e propor aperfeiçoamentos posteriores, além de acompanhar os alunos que ingressarem, já em 2007, no Programa de Ações Afirmativas.