UFMA

Quando se consolidou o Campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), há 34 anos, não se pensava em facilitar o acesso de pessoas com deficiência. Hoje, essa realidade está prestes a mudar.
Para democratizar o espaço físico e proporcionar acesso integral aos prédios do Campus, foi lançado hoje na UFMA o projeto “Acessibilidade Integral para Pessoas com Deficiência”. O projeto quer criar alternativas para facilitar o acesso de pessoas com deficiência e é elaborado de acordo com a NBR 9050, que normatiza a construção de ambientes acessíveis ao maior número possível de pessoas. Idosos, gestantes e pessoas com deficiência física ou mental poderão se locomover no Campus de forma independente. “É uma idéia em que se pensava há algum tempo. Os principais pontos são a acessibilidade integral e o design inclusivo”, informou o coordenador do projeto e diretor do Núcleo de Ergonomia de Processos e Produção da UFMA, professor doutor Raimundo Diniz.
O primeiro passo do projeto já foi dado: a equipe fez um levantamento do número e distribuição de estudantes, professores e técnicos com deficiência na Universidade, através de um questionário. Os resultados foram divididos pelas unidades que compõem o Campus. A unidade da Prefeitura do Campus tem o maior número de pessoas com deficiência, 24% do total, seguido pelo prédio do CEB Velho, com um total de 13%. Contudo, o coordenador informou que o censo ainda não foi finalizado e pode sofrer mudanças.
A segunda etapa da pesquisa vai envolver o mapeamento das necessidades das pessoas que responderam ao censo; ou seja, vai definir quais prioridades serão adotadas. O projeto ainda envolve mais duas etapas: a comprovação dos problemas relatados e, finalmente, a elaboração de um relatório contendo recomendações ergonômicas. O relatório consiste em orientações que vão desde pequenos detalhes, como trincos e fechaduras, até rampas de acesso. A medida alcança, também, as instalações do Palácio Cristo Rei, no Centro de São Luís.
O projeto conta com a parceria do Núcleo de Ergonomia em Processos e Produtos (NEPP), a Assessoria de Qualidade de Vida (AQV), Universidade da Terceira Idade (UNITI) e da Prefeitura do Campus (PRECAM). Após o mapeamento das necessidades, a Universidade assume o papel de captar recursos financeiros para colocar o projeto em prática. Desde já, a perspectiva da instituição é otimista. “Assumo o compromisso de buscar os recursos para que este projeto se torne realidade”, afirmou o reitor da UFMA, professor doutor Fernando Ramos.