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Cinco cursos da UFMA ficam com nota máxima no Provão

Publicado em: 17/12/2002

A Universidade Federal do Maranhão teve este ano o seu melhor desempenho no Exame Nacional de Cursos (Provão), desde que a avaliação do MEC foi criada, em 1996. Dos vinte e um cursos da instituição avaliados, cinco atingiram o conceito "A", um obteve "B" e nove receberam "C". Apenas dois cursos tiraram "D" e quatro ficaram com "E".

Em 2001, apenas dois cursos (Pedagogia e Psicologia) atingiram o conceito "A". Pedagogia repetiu o feito este ano, enquanto Psicologia caiu para "B". Os outros cursos nota "A" em 2002 são: Direito, História, Biologia e Letras. Em 2000, apenas o curso de Letras obteve a nota máxima.

Apesar das dificuldades, os cursos têm obtido bons resultados

Para a professora Lindalva Maia, coordenadora do curso de Pedagogia, o resultado do Provão é fruto de um trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos, por todo o curso. "Nossa comemoração não é acrítica. Não compartilhamos das políticas do MEC, mas o conceito "A" é justo e merecido. Temos vários professores mestres e doutores, os estudantes participam de atividades de pesquisa e extensão e estamos passando por um processo de reforma curricular, que está quase em conclusão", declara a professora, justificando o bom desempenho.

Já o coordenador de Direito, professor Humberto Oliveira, acredita que o êxito se deve bastante ao mérito dos estudantes, que são alvo e objetivo da avaliação. "Apesar de todas as dificuldades, o resultado dos alunos mostra que a universidade pública é o grande celeiro de formação de profissionais de qualidade. O conceito "A" no Provão reflete o que a OAB já havia indicado em 2001, quando recebemos o selo de qualidade "OAB recomenda", lembrou o professor.

A coordenadora do curso de Biologia, professora Silma Regina, enfatizou o contraste do resultado obtido em relação às condições de infra-estrutura do curso. "Embora nossas condições de infra-estrutura não sejam adequadas - como o fato de não dispormos de salas próprias para aulas teóricas, que são dadas em laboratórios ou em salas emprestadas -, este conceito é uma alegria muito grande. É resultado da qualificação do corpo docente, com cerca de 90% dos professores com doutorado, e dos estudantes, que têm grande participação em atividades de pesquisa", revelou a professora Silma.

Boicote faz Jornalismo receber "E"

O curso de Jornalismo recebeu "E" este ano, após ter tirado "B" em 2001. A baixa nota é explicada pelo boicote - a entrega da prova em branco - de 60% dos formandos. O boicote é fruto de uma campanha organizada em todo o país pela Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (ENECOS) e pelos Centros e Diretórios Acadêmicos dos cursos. Este ano, 19 cursos de Jornalismo tiveram mais de 50% de seus formandos boicotando o Provão - a maioria de universidades federais - e o índice nacional de provas entregues em branco foi de 16,2% (1110 de 6854 formandos).

Para Rogério Tomaz Jr., formando de Comunicação/Jornalismo e membro do Diretório Acadêmico do curso e da ENECOS, o boicote foi a forma que os estudantes de Comunicação encontraram para chamar a atenção para a necessidade de ampliar a discussão sobre a qualidade do ensino superior. "Quando um curso de alguma universidade federal recebe "A" e vai cobrar do MEC a responsabilidade pela melhoria das condições de ensino, é possível ver o quanto o ministério ignora as demandas das universidades. Já quando as principais escolas do país, em um campo profissional qualquer, boicotam e desvirtuam o ranking do Provão, aí, sim, eles nos dão atenção", explica Rogério.

O coordenador do curso de Comunicação Social, professor James Maxwell, não considera o Provão uma avaliação eficaz, mas também discorda do boicote dos estudantes. "Os resultados do curso ao longo dos anos mostram que a única coisa que o Provão prova é que o conceito depende apenas dos estudantes. Em 2001, o curso recebeu "B" em função do desempenho dos formandos. Este ano caiu para "E" por causa do boicote dos alunos. É uma variação muito grande que não corresponde à realidade do curso, que não se alterou tanto de um ano para o outro. Isso mostra uma das falhas da própria avaliação", ressalta James.

Morte anunciada

O programa de educação de governo do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, prevê a substituição do Provão por um outro sistema de avaliação, ainda a ser definido. Apesar disso, a edição de 2003 do Provão ainda vai acontecer, devido à sua realização ter sido definida antes da eleição. A data já está marcada, será no dia 08 de junho.
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