UFMA

O Projeto Escola que Protege, do Governo Federal, encerrou as atividades em Imperatriz e Açailândia na semana passada. Foram capacitados 400 profissionais da educação para o enfretamento da violência, da exploração e do abuso sexual contra crianças e adolescentes nas escolas. O projeto é desenvolvido no Maranhão pela UFMA, por meio do Departamento de Extensão da Universidade.

Segundo a diretora do Departamento de Extensão, Cristina Bunn, os projetos buscam transformar a realidade de exclusão, desigualdade e precariedade em que vivem as crianças e adolescentes na realidade maranhense. “Para nós, da Universidade Federal do Maranhão, é bastante gratificante saber que a UFMA pode levar profissionais com competência para oferecer formação nesse leque de campos de conhecimento aos educadores do Maranhão”, declarou a diretora.

Para o promotor da Infância e Juventude de Imperatriz, João Marcelo Trovão, o projeto é um aliado da Promotoria no intuito de combater qualquer tipo de violência contra crianças e adolescentes. “Para a Promotoria da Infância e Juventude, o projeto abraça tudo aquilo que as políticas públicas, que o Ministério Público precisa desenvolver, agora com um apoio. O projeto "Escola que Protege" é mais um parceiro dentro do sistema de garantias de todos os direitos da criança e do adolescente”, afirma o promotor.

A partir de fevereiro do ano que vem, com a realização da semana pedagógica nas escolas, os projetos de intervenção serão discutidos pela direção escolar e espera-se a inclusão das propostas nos planos pedagógicos. Isso poderá significar, potencialmente, a transformação nos rumos da educação no Maranhão, no sentido de defesa dos direitos das crianças e adolescentes, e o combate efetivo aos casos de violência nas escolas.

O projeto "Escola que Protege" é desenvolvido nas instituições federais e de ensino superior e tem como parceiros a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar, entre outros. Já atingiu um reconhecimento na sociedade e recentemente seus coordenadores foram convidados a apresentá-lo em Açailândia em uma sessão da CPI da Pedofilia. O projeto é desenvolvido desde 2004 pelo Governo Federal através do Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade-Secad, Governo Estadual e Prefeituras dos municípios de abrangência da capacitação.