UFMA

De acordo com dados de uma nova revisão sobre o PIB brasileiro realizada pelo Instituo Brasileiro de Geografia e EstatíStica (IBGE), entre 1995 e 2007, o Maranhão teve um crescimento de 60,2%. O desempenho maranhense superou o nacional, que chegou aos 39,8% no período.

Qual seria o motivo de tal progresso, num estado que frequentemente marca presença nos rankings com os piores índices em educação e desenvolvimento humano? O vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Maranhão e professor da UFMA, José Cursino, comenta a respeito do assunto.

“Esse crescimento se deve ao comportamento de mercado externo. Os produtos que são importantes na pauta de exportação do Maranhão são minérios e a soja. Hoje, o maior peso da economia no estado está nesses produtos de exportação e eles tiveram um comportamento de preço de mercado altamente favorável”, explica.

O Maranhão conta com uma boa localização geográfica, e as características do Porto Itaqui são muito favoráveis. “O porto permite receber navios de grande calado e isso torna o transporte mais barato. Além disso, dos portos brasileiros de exportação, ele é o mais próximo dos mercados americano, europeu e asiático”, explica Cursino. A logística de transporte das ferrovias e rodovias contribuiriam também.

Além do potencial industrial, o economista sustenta que o estado ainda tem muito a explorar e dispõe de opções para diversificação dos polos de crescimento além da capital. Destaca áreas como a pecuária, agricultura, turismo e indústria madeireira, dando destaque para a pecuária bovina. “O Maranhão tem, hoje, o segundo rebanho bovino do Nordeste. Isso quer dizer que podemos ter atividades econômicas fortes e aproveitadas em vários pontos do território”.