UFMA

“Futebol é muito mais que uma partida de 90 minutos, é uma certeza, porque você tem a questão do sentimento, da identidade de grupos étnicos”, é o que afirma Rafael Carlos da Silva, egresso da UFMA graduado em Ciências Sociais. Em mini-curso, o tema O Futebol como elemento formador da identidade nacional brasileira foi debatido no IX Encontro Humanístico. A discussão sobre o esporte ultrapassou as barreiras do campus, servindo como uma linha de estudo alternativa para a Sociologia.

Por que um esporte inventado do outro lado do mundo faz o maior sucesso justamente no Brasil?

O futebol engloba desde um espaço com características de grupos étnicos ou grupos identitários, com fundação de clubes por imigrantes, até a questão do mais intenso sentimento de nacionalismo, despertado ao acompanhar a seleção em torneios ou amistosos e ser praticado por todos, como define Rafael. “Um espaço onde você tem negros, pobres, brancos, ricos, mulatos mestiços e imigrantes. Todos juntos sob uma mesma bandeira. Não só no Brasil, mas em várias partes do mundo”.

Além disso tudo, o grande diferencial do esporte mais praticado no mundo é o fato de ser imprevisível. Em outras modalidades, como basquete, vôlei ou handebol, a qualidade técnica é determinante para o vencedor.

Esta é mais uma característica que faz com que o futebol seja bem aceito e popular, além de ser um esporte com fácil entendimento das regras e adaptação, podendo ser praticado na rua, com bola de meia, ou na praia. “O futebol é uma coisa do cotidiano, serve até de quebra-gelo. Quando se puxa assunto com um desconhecido, uma das primeiras ideias é o futebol”, conclui Rafael da Silva.

O mini-curso terá continuidade com mais exibições de documentários, discussões e exposição de fotos.