UFMA

Durante o período de 29 de outubro a 3 de novembro, um grupo formado por 33 estudantes do 6º período do curso de Geografia da UFMA, quatro professores do curso e um observador realizaram trabalho de campo com o objetivo de desenvolver atividades interdisciplinares.

Como parte da programação foi realizada uma visita técnica ao terminal de cargas e uma reunião com representantes do comitê pela Criação do Estado do Maranhão do Sul, na cidade de Imperatriz. Além disso, o grupo também visitou o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Estreito e o Parque Nacional Chapadas das Mesas.

De acordo com o professor da disciplina Geografia Humana do Maranhão, Antônio José Ferreira, foi a primeira vez que houve um trabalho de campo interdisciplinar nestes locais visitados, e por meio dessa prática os alunos puderam discutir melhor os assuntos trabalhados em sala de aula. “Discutimos muitas questões importantes trabalhadas durante as aulas, como por exemplo os empreendimentos estruturantes, a fragmentação territorial, conflitos de uso, fitogeografia e gestão ambiental”, exemplificou.

Também foi feito levantamento de dados e de informações sobre outros temas, como a condição de vida da população dessas regiões, as políticas públicas e o turismo. Para o estudante Telésforo Rodrigues Martins Filho, a viagem contribuiu bastante para compreensão de alguns assuntos. “Existem coisas que são compreendidas apenas com a prática. A construção de uma hidrelétrica é um exemplo. Pudemos observar os impactos que ela causa e os cuidados que devem ser tomados. Constatamos que eles possuem um viveiro e estão produzindo mudas para o reflorestamento local”, comentou Telésforo Filho.

O professor de Geografia e Gestão de Políticas Públicas, Juarez Soares Diniz, disse que a viagem foi positiva devido ao preparo realizado antes com os estudantes, para que eles pudessem não apenas conhecer outras realidades e paisagens do Maranhão, mas sim fazer uma avaliação com embasamento teórico. “Por ter sido uma viagem de grande importância para a formação dos estudantes de Geografia, pretendemos realizar outra atividade acadêmica como esta no próximo semestre”, informou o professor de Biogeografia, Ronaldo Rodrigues Araújo.

Para o estudante Anderson Almeida, a experiência foi muito interessante e produtiva, possibilitando a prática de várias disciplinas ao mesmo tempo. “Em Estreito pudemos ver algumas mudanças. Com a construção da hidrelétrica a cidade recebeu 6 mil pessoas e em média 16 mil empregos foram gerados. A cidade cresceu até o seu limite e agora está em fase de retração”, avaliou.

Segundo a professora de Planejamento e Gestão Ambiental, Shirley Cristina dos Santos, a experiência também possibilitou a visualização de outros campos de atuação do geógrafo. “Os estudantes puderam ver como é amplo o nosso campo de atuação. Trabalhamos com conhecimento teórico, mas também estamos aptos para atuar com políticas públicas, gestão política, ambiental e monitoramento de impactos ambientais”, frisou.