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Nada melhor do que ir à praia e saborear um sorvete de açaí. Ou porque não consumir uma vitamina da fruta após alguns exercícios físicos praticados na academia de ginástica? Conhecida por sua riqueza nutritiva e calórica, a fruta tropical tem adquirido espaço na alimentação do brasileiro preocupado em manter uma vida saudável.

De acordo com a professora de Nutrição da Universidade Federal do Maranhão, Daniele Cassias, o açaí é rico em proteínas, gordura vegetal, vitaminas, minerais e um pigmento capaz de determinar a cor da fruta e prevenir doenças cardiovasculares e até mesmo o câncer. “Por possuir excesso de valor calórico e nutritivo, o açaí deve ser consumido como parte de uma alimentação equilibrada e não pode assumir prioridade na mesa de pessoas sedentárias ou que estejam pretendendo emagrecer”, alerta.

No Maranhão, o açaí é conhecido como juçara e possui destaque anualmente no mês de outubro, com a prática da Festa da Juçara no bairro do Maracanã. Mesmo sendo uma fruta típica da região, o consumo de juçara não é tão comum na vida do maranhense, sendo necessária a realização de um festival para chamar a população a entender a importância da fruta. “As pessoas têm o costume de atrelar sabores diversos à polpa da juçara como farinha e camarão, sem saber que os benefícios da fruta ocorrem com seu consumo puro”, afirma Daniele. Já no resto do país, a situação é diferente, uma vez que a busca por uma vida saudável tem sido prioridade no dia-a-dia do brasileiro.

Para aqueles que costumam consumir a fruta antes de atividades físicas, a nutricionista recomenda evitar o hábito, já que seus altos níveis de lipídios podem provocar reações de vômitos e náuseas em quem segue os rigores de uma alimentação rica em carboidratos e pobre em gorduras.

Pelos de caroço de açaí na produção de papel

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) descobriram uma utilização inusitada para os pelos de caroço do açaí. Geralmente descartados por indústrias da região, o material substitui a madeira no laboratório de celulose do centro de pesquisas.

O pelo da fruta – parecido com aqueles que envolvem o coco-da-baía – é transformado em celulose, e surge um papel mais parecido com o papel comum. Tanto no caso do açaí quanto do peixe, os pesquisadores também experimentaram a mistura com restos de papel que seriam reciclados, e a mistura deu certo.