UFMA

A questão da validação de diplomas de grau superior entre países sempre gerou problemas. Pessoas graduadas em determinadas universidades são impedidas de exercer sua profissão em outros países, por não terem seus diplomas reconhecidos na hora da procura de emprego no exterior.

No Bloco Supranacional Mercosul, a situação não é diferente. Nesta semana, o assunto voltou a ter um lugar de destaque no Ministério da Educação. O diretor de Regulação do Ensino Superior do Ministério da Educação, Paulo Wollinger, ressaltou, em debate na Câmara, as dificuldades que o Brasil enfrenta para participar do sistema de acreditação, ou reconhecimento da qualidade acadêmica de cursos superiores no Mercosul.

A diretora da Divisão de Registro de Diplomas da UFMA, Deisy Maria Moreira, explica que essa dificuldade acontece pela falta de compatibilidade entre as grades curriculares dos cursos do exterior e do Brasil, por serem direcionados de forma peculiar das universidades, como exigências para graduação.

“No Brasil inteiro há a dificuldade desse reconhecimento, porque todas as universidades trabalham orientadas pelo MEC e seguem as mesmas resoluções determinadas pelo Conselho Federal de Educação”, afirma Deisy. No exterior, as exigências são outras, o que acarretaria, segundo Deisy, “uma enorme divergência”.

O máximo aonde se chegou quando o assunto é reconhecimento de diplomas no exterior foi a criação do Sistema de Acreditação Regional de Cursos Universitários para o Mercosul, em 2008. Esse acordo, do qual o Brasil participa, prevê a avaliação conjunta de cursos entre os países do bloco sulamericano. O acordo não permite o direito ao exercício profissional em outros países, entretanto, os participantes do Seminário acreditam que pode facilitar o processo.