UFMA

Quando eu olhei no espelho (...) olhei meus cabelos brancos: - ah! Eu tô velha! Aí eu resolvi assumir o envelhecimento. (IDOSO 2, 81 anos). Saber envelhecer nem sempre é uma tarefa fácil. É a fase da vida em que ocorrem transformações físicas, psicológicas e sociais facilmente vistas através de rugas, cabelos brancos, perda gradativa de memória e vitalidade física.

A forma de administrar essa nova fase da vida varia de pessoa para pessoa. O aposentado, Luís Morais, 63 anos, faz atividades físicas diariamente. “Faço hidroginástica pela DQV (Divisão de Qualidade de Vida) há bastante tempo e pretendo continuar, devido à sensação que esta prática me proporciona”, ressalta.

Com base em depoimentos como esse, o estudante Brunno Kayo Ramos Brito analisou a influência da consciência e a auto-imagem da pessoa durante a velhice. Daí resultou a monografia que teve como tema: “Consciência Corporal, auto-imagem e envelhecimento: a fala do idoso sobre o próprio corpo”.

De acordo com o estudante, esta fase requer atenção e cuidados especiais. “Alguns idosos não aceitam o fato de estar envelhecendo devido aos sinais da idade, pois a aparência jovem é supervalorizada, mas a prática de atividades físicas os permite maior aceitação do próprio corpo e de sua verdadeira idade”, afirma o estudante.

Para realização deste trabalho foram realizadas entrevistas semi estruturadas, dividindo-se em cinco perguntas subjetivas, gravadas nas dependências do Núcleo de Esportes- UFMA para identificação do modo como estes idosos sentem e percebem seu próprio corpo.

Os resultados foram que a prática diária de exercícios físicos favorece o processo de envelhecimento, diminui os níveis de estresse, aumenta a capacidade cognitiva e permite troca de afeto e o estabelecimento de novas amizades.