UFMA

Os relacionamentos amorosos não são como antes. Essa é a conclusão a que a professora do Departamento de Administração da UFMA e psicóloga, Rosângela Rosa, chegou. Porém, antes de se tratar de namoro e relações amorosas, é necessária uma análise aprofundada nos padrões de convivência atuais, que acompanham a dinâmica social.

A psicóloga afirma que a sociedade brasileira vive um momento de transição de relacionamentos anteriormente embasados na interdependência absoluta do casal para a busca por realizações pessoais.

O romantismo exagerado e a expectativa de encontrar no casamento suas realizações, ao mesmo tempo, amorosas e financeiras são deixados de lado dando lugar à busca de um perfil mais independente e atuante. Rosângela Rosa deixa claro que essa mudança acompanhou o processo da emancipação da mulher no âmbito social.

“Essa mudança se deu muito por conta do crescimento do papel feminino na sociedade. A mulher saiu de um patamar de dependência financeira e também amorosa para um momento em que tem profissão, projeto de vida e as próprias metas. Isso gerou uma ruptura nesse padrão, em que as mulheres buscavam no casamento sua realização pessoal, amorosa e financeira”.

Porém, o afeto e o calor humano não esfriaram. Tânia Ribeiro, casada há 27 anos, comenta que na relação amorosa não há mais a mesma intensidade da paixão, mas o romantismo, o companheirismo, a boa convivência permanecem os mesmos. “Com o passar do tempo as coisas mudam, não estou dizendo que acabou o amor, ele continua. Mas é uma forma mais madura de relacionamento, com mais responsabilidade. O carinho e o afeto continuam da mesma forma.”



Perfil do Pesquisador

Rosângela Rosa é psicóloga, graduada pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, onde se especializou em Terapia de Casal, voltada para sexualidade. Também é especializada em Organização e Comportamento Pessoal nas empresas, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e Fundação Getúlio Vargas.