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Especial Meio Ambiente: aves migratórias e os impactos ambientais

Publicado em: 13/06/2009

São quinze as espécies de aves migratórias que chegam ao Maranhão todos os anos fugindo do rigoroso inverno da América do Norte. No Brasil, o litoral maranhense é o que mais recebe esses ilustres viajantes, a exemplo do maçarico, e é o segundo em toda América do Sul, sendo superado apenas pelo Suriname.

Com migrações anuais regulares, as aves permanecem na costa sul do continente entre os meses de setembro e maio e só retornam para o hemisfério norte para a reprodução, ficando por lá os outros três meses. As rotas são sempre as mesmas, nas quais os pássaros adultos são seguidos pelos filhotes.

Segundo o professor do Departamento de Biologia UFMA, Antônio Augusto Ferreira Rodrigues, doutor em Zoologia,essa é uma herança genética e as futuras gerações serão fiéis às rotas. “Mesmo que chegue um dia em que não haja necessidade de migração, por causa de alguma alteração no clima do planeta, os pássaros irão percorrer o mesmo trajeto ao longo de sua existência”, explica.

Mas engana-se quem pensa que é o frio o maior responsável pela migração destas aves. O objetivo da viagem é a busca da sobrevivência. “Como no inverno a neve cobre todo o substrato, o que dificulta o trabalho de procura por alimento, as aves migram para o sul onde encontram um próspero manancial de invertebrados marinhos: moluscos, larvas de camarões, anelídeos”, informa o professor.

Contudo, os ambientalistas têm se preocupado com os impactos ambientais que as zonas costeiras têm sofrido devido à ação humana, pois tendem a prejudicar o ciclo natural de vida dessas aves. As especulações imobiliárias são, por exemplo, um destes graves problemas. Com a crescente e desenfreada construção de condomínios no litoral maranhense, além de casas de veraneio e estabelecimentos comerciais, há uma redução do hábitat natural e do alimento dessas espécies.

“Trata-se de uma questão que exige sensibilidade ambiental. Com o avanço desordenado das edificações para a costa, há uma consequente devastação de biomas naturais como manguezais e áreas de dunas, diminuindo o espaço para sobrevivência das aves”, esclarece Antônio Rodrigues. De acordo com o pesquisador, a situação se complica quando a maré enche. “Sobra uma curta área da costa. Com a especulação imobiliária a área reservada para esse fim fica restrita”, explica.

Além da crescente construção de imóveis, outros fatores também causam danos à sobrevivência dos pássaros migratórios no Maranhão. No estado há uma exaustiva coleta de camarão em locais denominados “fazendas”. Tais criatórios, assim como a especulação imobiliária, limitam o hábitat deste grupo de aves.

Para Antônio Rodrigues é necessário um planejamento por parte dos órgãos competentes. “É necessária uma intensa fiscalização e punições para aqueles que infringirem os códigos ambientais a fim de conseguirmos preservar este bem natural”, finalizou.

CURIOSIDADES

A viagem migratória das aves dura em torno de 5 a 10 dias dependendo da espécie. Os bandos percorrem, sem descanso, um trajeto de, aproximadamente, 5.000 km. O percurso tem início na costa dos Estados Unidos vindo até o Maranhão. Para isso é preciso que as aves dobrem seu peso. Elas passam de 20g para 40g. A gordura é necessária para que tenham energia suficiente para completar a rota, já que não param um só minuto.

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