UFMA

Até agora 40 das 55 universidades públicas federais aderiram ao novo processo seletivo proposto pelo MEC. A ideia foi apresentada desde o final de março pelo Ministro da Educação Fernando Haddad.

O pró-reitor de ensino da UFMA, Aldir Carvalho Filho , afirma que o número de adesões já supera a previsão do MEC. “Com o passar do tempo, houve compreensão da proposta. Os receios iniciais foram diluídos e as dúvidas esclarecidas. Agora as pessoas têm mais segurança com relação à mudança”, conclui.

De acordo com o Comitê de Governança, as Ifes poderão utilizar o novo exame como fase única de seleção e deverão se manifestar até o dia 20 de maio. No caso de vencimento do prazo, será realizada uma reunião entre os reitores dessas universidades e o Comitê, para o aperfeiçoamento das regras do Sistema de Seleção Unificada. Ficou definido, também, o prazo de três anos para a consolidação do processo seletivo para essas instituições, podendo compatibilizar o novo formato com as políticas anteriormente adotadas.

A matriz de conteúdo das provas vai ser divulgada ainda nesta quinta, (14), após reunião com os secretários estaduais de educação. O Ministro da Educação afirma que o novo formato não permite as “pegadinhas”, por exemplo, nem vai exigir que o aluno decore uma fórmula ou a data de um fato histórico.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Amaro Lins, ressaltou que muitos vestibulares do país já adotam esse formato de prova. “O grande avanço é que o país inteiro vai ter a possibilidade de um exame que tem grandes ganhos em relação ao modelo atual”, apontou.

REGRAS
Como já tinha sido determinado pelo MEC, a prova será nos dias 3 e 4 de outubro. Os estudantes que quiserem se candidatar às vagas de uma das instituições participantes devem necessariamente participar do exame que terá uma redação e 200 questões de múltiplas escolhas. Os testes serão de linguagens e códigos, matemática, ciências naturais e ciências humanas.

SEGURANÇA
Haddad disse ainda que vai pedir um reforço ao Ministério da Justiça na aplicação e logística de distribuição da provas. Hoje, cerca de 2 mil agentes da Polícia Federal fazem a segurança nos locais de prova do ENEM, mas em função do possível crescimento do número de inscritos, o MEC quer aumentar esse efetivo.