UFMA

O Dia das Mães é a segunda melhor data para a atividade comercial no Brasil, perdendo apenas para o Natal. O período sempre traz esperança de recuperação para empresários com negócios em baixa.

Mas depois da deflagração da crise mundial, o cenário mudou. “A expectativa é de um movimento de boas vendas, mas há um temor no comércio, por causa do aumento da inadimplência”, motivo mais que suficiente para o empresário ter “cautela em promoções e condições de pagamento”, segundo o professor do Departamento de Economia da UFMA, Felipe de Holanda.

De acordo com um estudo do indicador Serasa Experian, realizado desde 1991, o mês de março bateu recorde em número de cheques devolvidos. São 24,6 cheques a cada mil compensados. No total, foram 2,75 milhões de cheques devolvidos e 112,12 milhões compensados. O Maranhão teve a quarta maior quantidade de devoluções no primeiro trimestre de 2009, com 90,6 a cada mil compensados.

A redução do IPI (Imposto sobre produtos industrializados), apesar de dar um fôlego a mais para a venda de eletrodomésticos denominada linha branca (fogões, fornos microondas, geladeiras, lavadoras), não bastou para evitar a queda dos lucros na área: “Em dezembro houve uma queda de pouco mais de 2% nas vendas no Maranhão”, afirma Felipe de Holanda, ressaltando a situação desfavorável apesar “da investida do comércio nas fortes liquidações”. Em outra pesquisa promovida pelo mesmo indicador, feita entre os dias 30 de março e 3 de abril de 2009, com 1.008 executivos do comércio de todo o país, a Serasa mostra que este ano o setor espera o pior faturamento nas vendas desde 2006: 32% dos entrevistados esperam queda.

No lado do consumidor, as precauções também marcam presença nos gastos. Para essas horas, o professor lembra algumas medidas que podem ajudar a economizar nas compras de presentes, como planejar os gastos, pesquisar os preços para evitar acúmulo de dívidas e negociar em favor do pagamento à vista. Nesse Dia das Mães, economia é fundamental.