UFMA

O desenvolvimento de um país se deve principalmente a uma boa organização educacional. Mas no Dia Nacional da Educação, comemorado nesta terça-feira, 28 de abril, a principal discussão nos meios acadêmicos é se houve ou não uma melhoria no ensino das redes pública e privada do Brasil.

Para a professora Fátima Gonçalves, do Departamento de Educação da UFMA, houve avanços na área da educação, mas as escolas públicas ainda apresentam péssimas condições de oferecer uma educação de qualidade a crianças e adolescentes. “O que podemos perceber é a existência de políticas públicas assistencialistas que prevêem um resultado imediato, e não uma preocupação com o que é ensinado nas salas de aula. É preciso que haja uma qualificação nas escolas públicas e no ensino superior brasileiro”, diz ela.

Apesar da realidade brasileira, alguns índices podem ser comemorados nesta terça-feira, já que representam avanços no sistema educacional do país. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2004, que traz os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2003 (PNAD), do IBGE, o crescimento contínuo da taxa de escolarização vem reduzindo o analfabetismo, elevando o nível de instrução da população em todo o país e diminuindo, gradativamente, as grandes diferenças entre as regiões.

Em relação ao ensino superior, a professora Fátima Gonçalves destacou a falta de interesse de agências de fomento à pesquisa na área da educação. “As instituições que financiam a pesquisa nas universidades estão mais preocupadas em patrocinar projetos que possuem valor de mercado, algo que não é possível em nossa área. A formação social brasileira está sendo pouco pensada”, afirmou ela. Mesmo assim, a professora deixou bem claro que todo dia é dia da educação e deve ser comemorado, afinal a boa educação é a base de uma nação consciente de seus direitos e deveres, que é capaz de construir o melhor para seu país, contribuindo para uma sociedade mais justa e com alta qualidade de vida.