UFMA

Conselho Permanente de Vestibular (Copeve) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) deliberou em reunião, nesta terça-feira, sobre a provável adesão da Universidade ao novo Sistema de Seleção Unificada, que adota o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como programa de ingresso de novos estudantes à educação superior. A mudança foi sugerida pelo Ministério da Educação (MEC) que, na última semana, apresentou aos reitores de 55 instituições federais brasileiras o Termo de Referência da proposta.

O prazo final dado pelo Mec para a inclusão da Universidade no novo sistema é até o final de abril. Segundo o pró-reitor de Ensino da UFMA, Aldir Carvalho Filho, além do Copeve, as discussões ainda passaram pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), que fará a apreciação final do Sistema de Seleção Unificada. Para ele, a Universidade só tem a ganhar com a adesão, tendo em vista que, além de democratizar a educação, o novo programa dispensará desgaste das várias instâncias da UFMA com o vestibular e poupará um trabalho cansativo ao longo de todo o ano.

“Certamente, a utilização da prova do Enem como acesso à Instituição de Ensino Superior (IES) trará não só benefícios para a Universidade, mas principalmente aos estudantes que, por exemplo, poderão escolher cinco cursos entre todas as universidades federais do país. Por isso não há porque a UFMA não aderir ao programa”, explicou Aldir Carvalho.

Quanto à adesão da UFMA ao novo processo, o reitor deixou claro que ele é adepto da proposta, mas que o debate ficará a cargo do Consepe.
“Assim que o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) enviar o projeto referencial, iremos formar o nosso conselho para criar um plano de ação que adéque a Universidade ao novo modelo. Só depois de elaborado, é que o projeto poderá ser avaliado pelo Consepe”, esclareceu o reitor e completou dizendo que, caso a adesão seja aprovada, o sistema de cotas não se extinguirá.

Nos dias 6 e 7 de abril, os reitores das 55 universidades federais brasileiras estiveram reunidos na sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, para analisar a proposta do Ministério da Educação de unificação do vestibular, substituindo o seletivo por uma versão renovada do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Na reunião, ficou acordada a Instituição de um comitê gestor, formado por reitores e secretários estaduais de educação, para acompanhar a elaboração da nova prova. Segundo o ministro Fernando Haddad, o novo seletivo será um misto entre o vestibular tradicional e a prova do ENEM, que utiliza um modelo mais contextualizado e lógico, em que avalia não só o conteúdo dado na sala de aula, mas também as habilidades e competências do candidato.

A proposta só foi apresentada à Andifes após uma série de estudos e discussões preliminares. Uma delas é sobre a reformulação do ENEM que deve ter quatro grupos de questões, divididas em Linguagens e Códigos (português e inglês), Matemática e Estatística, Ciências da Natureza (biologia, química, física), Ciências Humanas (história, geografia, ciências sociais, economia) e uma redação, aplicadas em dois dias, provavelmente durante um final de semana. Realizada a prova, o aluno teria um boletim de desempenho, que poderia apresentar em até 5 universidades de seu interesse.