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Pesquisadora da UFMA estuda as relações entre os envolvidos na luta contra a dengue

Publicado em: 28/04/2009

Os questionamentos sobre as visões de poder e trabalho sempre fizeram parte dos estudos de sociólogos e antropólogos. No entanto, a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Arlete Santos, resolveu inovar e, agora, essas questões também merecem destaque na área de saúde. Com a dissertação intitulada “Diferentes percepções sobre o controle da dengue em São Luís: análise das relações entre gestores, executores e comunidade”, Arlete observou como os gestores das ações, os agentes de saúde e os moradores se relacionam e entendem a função de cada grupo dentro do Programa Municipal de Controle da Dengue – PMDC.

A pesquisa focou o bairro Cohab Anil I, onde, desde 2004, existe o Projeto COMBI (Comunication for Behavioural Impact). O Projeto, que é uma iniciativa da Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde, realiza ações educativas em parceria com os agentes de endemias do PMDC. Ainda assim, o bairro mantém altos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti em residências, habitadas ou não.

Durante a pesquisa, o poder foi citado em todos os grupos e diverge de acordo com o lugar que a pessoa ocupa dentro da estrutura do Programa. Quando citado pelos gestores, o poder era dado como oficial, enquanto que quando citado pelos moradores, o poder era entendido como legítimo. Já os agentes de endemias se percebem entre uma briga de poderes, sem alternativa para desobediência, onde o poder da teoria, idealizado pelos gestores, vai de encontro ao poder da prática da comunidade.

Outro fator para a dificuldade da execução do programa é que embora a função dos gestores seja de pensar estratégias para o controle da dengue, na prática o que acontece é a reprodução do modelo nacional, que não se encaixa na comunidade e não é percebido pelos agentes de endemias como trabalho.

Os agentes, por sua vez, reclamam da não colaboração dos moradores. No entanto, quando posto em análise, foi descoberto que as ações eram realizadas de forma repetitiva e sem criatividade, o que segundo Arlete, dificulta o controle da endemia. Já os moradores se enxergam como colaboradores no combate à dengue, e por ser uma área do projeto COMBI, a relação com os agentes é pacífica. Contudo, os números de infestação na área não diminuem.

Arlete Santos acredita que o grande nível de hierarquização do programa, a falta de autonomia e de flexibilidade são os responsáveis pela não diminuição dos índices de contaminação no bairro, já que dificultam a colaboração do morador com o Projeto. Para a pesquisadora, somente revendo as questões estruturais do programa e mudando com criatividade a abordagem dos agentes junto à comunidade é que se pode obter melhores resultados no controle da endemia.



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