UFMA

SÃO LUÍS – Com o objetivo de facilitar o acesso a informações sobre o período letivo para os cegos da Instituição, o Núcleo de Acessibilidade da UFMA (Nuace) desenvolve um calendário do ano de 2019 em braille. Idealizado pelo funcionário do Nuace Roberto Alves, o calendário foi publicado em 2017 e ganha uma nova edição neste ano.

Projetos como esses estimulam a independência da comunidade cega da UFMA. O servidor do Nuace Thiago Cardoso Sousa, que também é deficiente visual, é o responsável pela revisão do calendário. Essa iniciativa é voltada para pessoas cegas (porque, na classificação dos deficientes visuais, existem também aqueles de baixa visão). Estão sendo confeccionadas, pela Gráfica Universitária, cerca de 20 unidades para serem distribuídas no início do período letivo.

A diretora do Núcleo de Acessibilidade, Piedade Araújo, afirmou que a disseminação do calendário na edição passada alcançou até mesmo a comunidade externa à UFMA. Os idealizadores da ideia, após um curso no Instituto Benjamin Constant, referência na área da deficiência visual, trouxeram a proposta para criar um calendário em braille e passaram a trabalhar nela em parceria com a Gráfica.

O projeto chamou a atenção de outras instituições locais, como o Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual do Maranhão e a Escola de Cegos, e então foi realizado um evento no Dia do Braille — em 4 de janeiro — para a distribuição desses calendários para os cegos de fora da UFMA. Isso foi o primeiro passo para desenvolver o calendário acadêmico adaptado, como afirma a diretora.

“Isso é importante porque agora eles têm um norte. Antes eles ficavam sempre na dependência de alguém para saber datas específicas, como aniversários, e agora eles têm uma orientação mais específica”, comentou.

Outros projetos

A mobilidade para alunos cegos também tem sido alguns dos objetivos do Nuace. A inserção de pisos táteis e placas de braille no Centro de Ciências Sociais — o Centro com o maior número de alunos que possuem alguma deficiência, 198 discentes — tem buscado facilitar a vida desses estudantes. A diretora destacou a importância dessas ações desenvolvidas pelo Núcleo.

“Tem a questão da acessibilidade arquitetônica propriamente dita. Nós temos um conteúdo chamado ‘orientação e mobilidade’ porque existem cegos que, quando chegam aqui ao núcleo, precisam sempre andar com alguém e ainda usar a bengala. E a bengala é o guia dele. Ele não precisa de alguém junto se ele tiver uma boa orientação na mobilidade. Mas, para que ele tenha essa mobilidade, precisa ter conhecimento dessa área aqui na UFMA, então nós queremos fazer essa orientação quando ele chegar”, pontuou.

Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
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Produção: Géssica dos Anjos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 11/02/2019 16:05