UFMA

SÃO LUÍS – O histórico Prédio da Fábrica Santa Amélia passou a ter um novo significado a partir desta quinta-feira, 23. A estrutura do século XIX, que já foi uma fábrica de algodão e tecidos e foi restaurado em 2015 pela UFMA em parceria com Iphan, passou a receber, oficialmente, na manhã de hoje, as atividades e a administração dos cursos de Turismo e Hotelaria da UFMA. A cerimônia de desenlace simbólico, anunciando o início dos trabalhos no local, ocorreu na presença de alunos, professores, servidores e técnicos, que comemoraram a grande simbologia do ato.

O conjunto do Prédio da Fábrica Santa Amélia é formado por seis prédios que, além de abrigarem 14 salas de aulas e uma biblioteca com capacidade para 20 mil livros, contará com projetos voltados para a pesquisa e a extensão, como o hotel-escola, as empresas juniores de Turismo e Hotelaria, um auditório com 360 lugares e o restaurante-escola, além de laboratórios que auxiliarão na aprendizagem dos alunos.

A chefe de departamento dos cursos de Turismo e Hotelaria da UFMA, Mônica Araújo, ressaltou a importância do prédio em abrigar as atividades dos cursos, o que destaca a relevância do prédio como patrimônio, uma vez que ele foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

“É muito importante estarmos aqui, iniciando as nossas atividades no Complexo Fabril da Santa Amélia. E tem um enorme significado, porque nós estamos em um complexo histórico, e isso exige que tenhamos uma grande responsabilidade, não apenas com a formação dos nossos alunos, mas também com a questão da preservação do nosso patrimônio histórico cultural, o que é muito significativo. Não resgata apenas o que foi a Santa Amélia no passado, mas, sobretudo, essa nova roupagem, que é trazer os dois cursos para cá”, enfatizou.

A reitora Nair Portela enfatizou o estímulo que o novo prédio vai promover para a aproximação entre a teoria e a prática aos alunos dos cursos, assim como os ideais de extensão da Universidade, visto que a estrutura também é aberta à comunidade em geral. “Esse momento de reinício das aulas de turismo e hotelaria aqui no Complexo Santa Amélia é um momento que vai marcar a história da UFMA, porque esse prédio é singular, é tombado e tem fortes raízes na história do Maranhão. Agora, está plenamente adequado às necessidades dos cursos de hotelaria e turismo”, declarou. 

Cerca de 400 alunos que estão matriculados nos cursos de Turismo e Hotelaria da UFMA serão beneficiados com as instalações que estão localizadas no Centro Histórico de São Luís. Isso reforça ainda mais o complemento entre teoria e prática, uma vez que o lugar e suas dependências são alguns dos destinos procurados pelos turistas que decidem se aventurar pela ilha.

Mayza Góis, bolsista do curso de Hotelaria da UFMA, compartilhou as expectativas para o início das atividades no novo prédio. “Trazendo o curso de Turismo e Hotelaria para cá, que trabalha justamente com essa questão de Centro Histórico e de turismo mesmo, vai trazer uma grande visibilidade para o curso, pois estamos dentro do Centro Histórico que é o ponto principal das pesquisas dessa área aqui em São Luís”. 

O superintendente do Iphan no Maranhão, Maurício Itapary, destacou como o resgate da estrutura da fábrica vai contribuir para o ensino e a aprendizagem dos discentes. “Este imóvel estava completamente degradado, e, em mais uma parceria da UFMA com o Iphan, nós conseguimos fazer toda a restauração desse imóvel. Agora estamos aqui, na instalação dos cursos de Turismo e Hotelaria da Universidade. E isso vai trazer um ganho muito grande para os acadêmicos, visto que eles terão uma ótima estrutura, com auditórios, laboratórios e salões de exposições. Tudo isso é um novo espaço, onde terão todo o conforto e condições de aprendizagem”, frisou.

Também estiveram presentes na cerimônia a secretária municipal de Turismo, Maria Socorro Araújo, o secretário adjunto de Turismo do Estado, Hugo Veiga, e o reitor em exercício do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Agenor Almeida Filho.

Saiba mais

Construída no século XIX, a Fábrica Santa Amélia deixou a sua marca histórica no desenvolvimento econômico da cidade de São Luís. Foi tombada pelo Iphan em 1º de julho de 1987. Na sua restauração, foram mantidas as características históricas originais dos prédios, como as telhas francesas, os azulejos portugueses, as estruturas metálicas inglesas e a escada helicoidal escocesa.

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Produção: Géssica dos Anjos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 23/08/2018 14:20