Você está na versão antiga do portal da UFMA. O conteúdo mais atual está no novo portal.

Obs: algumas funcionalidades, ainda não migradas, podem ser encontradas nesta versão.

Início do conteúdo da página
Início do conteúdo da página

Pesquisadora da UFMA estuda Beribéri na região pré-amazônica

Publicado em: 28/02/2009

As epidemias de Beribéri foram comuns nos séculos XVIII e XIX. Desde então, poucos casos da doença foram detectados, de forma isolada. No entanto, recentemente o Beribéri reapareceu no Brasil, na forma de surto epidêmico, na região pré-amazônica maranhense. Foi pensando nesta problemática que a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFMA, Iracilda Viana, desenvolveu sua dissertação de mestrado “Beribéri: uma doença reemergente”.

O Beribéri caracteriza-se pela deficiência da vitamina B1. Pode ser causado tanto por uma carência alimentar, quanto pela presença do fungo Penicillium citreonigrum, que inibe a absorção da vitamina pelo organismo. Tal deficiência é acompanhada por insônia, cansaço e fraqueza nos músculos, mal estar, perda no apetite, problemas respiratórios e, em alguns casos, taquicardia.

Iracilda Viana identificou que, entre os anos de 2006 e 2008, foram encontrados 1169 casos da doença no Maranhão, sendo que no primeiro ano de pesquisa, aproximadamente 40 pessoas vieram a óbito. Ainda não foram identificados os fatores que desencadearam a epidemia, mas amostras da micotoxina citreoviridina, que é produzida pelo fungo Penicillium citreonigrum, foram encontradas no arroz consumido pela população acometida.

Os dados foram coletados a partir da Planilha de Notificação e Investigação da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão e Ficha de Acompanhamento do Consultor. Dentre os casos, 78% eram do sexo masculino, 55% estavam na faixa etária de 20 a 39 anos e 57,2% trabalhavam na lavoura. Em 88,7% dos casos, foi encontrada a manifestação neurológica da doença, conhecida como Beribéri seco, que se caracteriza pelo aparecimento de neurites periféricas, paralisia de membros, falta de memória e até síndromes de demência.

A pesquisadora afirmou que os doentes receberam tratamento com tiamina oral e 99,4% apresentaram melhora dos sintomas. A epidemia ocorreu na estação chuvosa e apresentou comportamento semelhante às doenças reemergentes.
Mais opções
Copiar url

Outras Notícias

19/04/2021

00:00

Pré-matrícula para os aprovados no Sisu no 1º semestre de 2021 começam dia 19, exclusivamente de forma on-line A Universidade Federal do Maranhão convoca os aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para a pré-matrícula no primeiro semestre...

05/04/2021

00:00

Comissão Executiva do Plano de Desenvolvimento Institucional apresenta novas ações Na manhã desta segunda-feira, 5, a Comissão Executiva do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), coordenada pela Pró-reitoria de Planejamento, Gestão...

04/01/2021

20:00

Segunda do Português: "Tão pouco" e "Pornografia" 1. Pornografia No exemplo abaixo, destacamos uma infração muito comum cometida com a palavra “pornografia”. Observe:                 D. Francisca, seu filho foi...

04/01/2021

08:25

A UFMA QUE A GENTE FAZ SÃO LUÍS - Acompanhe os detalhes das principais atividades e ações realizadas pela instituição durante a última semana de 2020,...

31/12/2020

13:58

Portal da UFMA estará de cara nova logo no primeiro dia do ano de 2021 SÃO LUÍS - Com a chegada de um novo ano, novos planos, novos objetivos, novas ideias e novos planejamentos vão...
Fim do conteúdo da sessão