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Terceira etapa do Projeto Escola da Terra é encerrada esta semana na UFMA

Publicado em: 12/07/2018

SÃO LUÍS – “Sobre o ensino no campo é preciso compartilhar. Muitos falam do analfabeto, e poucos têm conseguido ajudar esses sujeitos a entender o que as entrelinhas buscam explicar. Esse é um fragmento do poema feito pela professora Antônia Carmelita Cardoso, da Escola Jacó Marques, do povoado Alegre, em Buriti, interior do Maranhão. O poema foi uma das peças apresentadas na terça-feira, 10, durante o Seminário Cidadania e Educação do Campo, que encerrou a terceira etapa do Projeto Escola da Terra esta semana, na Universidade Federal do Maranhão.

O primeiro dia de evento teve como destaque a palestra da professora Clarisse Zientarski, da Universidade Federal do Ceará (UFC), com o tema “A atual conjuntura da educação do campo e das políticas públicas”. Na ocasião, Zientarski refletiu que as políticas públicas atendem ao processo de internacionalização e pouco refletem as especificidades. Para a palestrante, que também é coordenadora do programa no Ceará, esse tipo de seminário cumpre um papel importante para pensar as políticas.

“Penso que esses seminários são extremamente significativos: primeiro que é a oportunidade de o povo participar, uma oportunidade de as professoras que estão no campo virem para a cidade compartilhar o conhecimento que trazem de lá e levar o conhecimento que é produzido na academia”, refletiu.

Projeto Escola da Terra

O Projeto Escola da Terra programa práticas pedagógicas em classes multisseriadas da educação escolar do campo, compõe o Pronacampo, conjunto de ações articuladas que asseguram a melhoria do ensino nas redes de educação básica para a recuperação da infraestrutura e qualidade da educação no campo em todas as etapas e modalidades, conforme o Decreto n° 7.352/2010.

Evaldo Almeida, professor da UFMA que coordena o Escola da Terra no Maranhão, explicou que o programa é firmado por um pacto federativo no qual a Universidade, junto com o Ministério da Educação (MEC), atua como agente do Governo Federal em parceria com estado e municípios.

A terceira etapa do programa

Em sua terceira etapa, o programa atendeu a 400 professores que atuam diretamente no campo, com classes multisseriadas e comunidades quilombolas, nos sete municípios contemplados: Apicum, Mirinzal, Central, Pastos Bons, Morros, Buriti e Icatu. Entre eles está Francisco Alves, um dos 63 cursistas a receber a capacitação em Buriti. Francisco e outros dois cursistas motivados pelo conteúdo criaram, como trabalho de conclusão, um projeto para recuperação do rio Parnaíba.

Francisco, que atua como professor no povoado Mocambinho, explicou que o projeto consiste em resgatar a memória dos anciãos acerca do rio para sensibilizar a população sobre a poluição na nascente.

“A própria origem do Mocambinho diz muito sobre Rio Parnaíba. Infelizmente, com o passar dos anos, o rio vem enfrentando muitos problemas decorrentes da má conservação. Com esse projeto, buscamos trazer de volta o rio como ele era nas memórias dos nossos anciãos e evitar problemas como as próprias enchentes que assolaram a região no início do ano”, pontuou.

Números

Segundo Evaldo Almeida, o Maranhão tem hoje uma demanda de quase 10 mil professores. “Em 2012 foi feito um levantamento dos municípios que tinham interesse na formação desses professores. Na época, a estimativa era de 13 mil professores. Como estamos na terceira etapa do projeto, que ocorre anualmente, já atendemos 3.600 professores, mas ainda há uma demanda de quase 10 mil em espera”, informou o coordenador da Escola da Terra no Maranhão.

Durante o curso de capacitação, professores da UFMA se deslocam até o município para ministrar seis módulos que, juntos, somam entre seis e nove meses. Depois, os cursistas são acompanhados por um interlocutor e quatro tutores do próprio município, que vão ao campo prestar-lhes assistência.

Para Evaldo, trabalhar o campo faz muito sentido para todo o Brasil, mas especialmente para o Maranhão, que possuiu proporcionalmente a maior população rural do país. “Muitas vezes a educação que é oferecida na cidade é uma educação que tem um modelo urbanocêntrico, que não tem nada a ver com a realidade do campo. É preciso fomentar uma educação que valorize essas pessoas para que elas não precisem se deslocar, especialmente no Maranhão, último estado onde a população urbana superou a rural, mas que ainda tem a maior população proporcionalmente rural do país”, concluiu.


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Revisão: Jáder Cavalcante
Fotos: Marcus Elicius
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Suellen Sullivan
Última alteração em: 12/07/2018 14:55

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