UFMA

O verão e as férias estão chegando e, com eles, problemas de saúde podem aparecer. A insolação e as conseqüentes queimaduras na pele, assim como a intoxicação alimentar, são alguns exemplos de problemas comuns nesta estação do ano.

A insolação é causada pela exposição excessiva ao sol, principalmente a partir das 10h da manhã, horário em que a emissão de raios ultravioletas é mais intensa. Essa exposição pode causar dor de cabeça, tontura, temperatura do corpo elevada, pele seca e avermelhada. Para tratar da pele debilitada com medicamentos naturais, a coordenadora do Programa de Fitoterapia da UFMA, Terezinha Rêgo, recomenda o uso de plantas refrescantes.

Um banho com o chá frio das folhas do capim limão (Cymbopogon citratus), da flor camomila (Matricaria recutita) ou das folhas da hortelã (Mentha piperita) por pelo menos 5 dias é a principal indicação da farmacêutica. No entanto, a professora adverte que o ideal é a prevenção contra insolação. Antes de ir à praia ou de se expor ao sol, é aconselhável o uso de glicerina com ervas. “Este protetor é feito com 200ml de glicerina, 25 ml de chá das folhas da urtiga branca (Laminum álbum) e 25 ml de suco das folhas da hortelã”, explica e recomenda que a exposição ao sol seja, preferencialmente, até às nove horas da manhã.

O costume de comer salgadinhos e outros lanches em locais com higiene duvidosa no preparo dos alimentos é o maior responsável pelos casos de intoxicação alimentar. “Neste caso, o mais recomendado é a Tintura da Casca de Laranja da Terra”, informa a farmacêutica. A tintura é produzida com 30g da casca da Citrus vulgaris (nome científico da laranja da terra) em 100ml de água. Após deixar o material descansando por 5 dias, filtra-se a solução. “Deve-se tomar uma xícara de café da tintura, antes e depois do almoço”, complementa.

Os medicamentos naturais receitados por Terezinha Rêgo possuem medidas caseiras e por isso podem ser feitas em casa. Ela conta que as plantas utilizadas no preparo dos chás e das tinturas são plantadas na Horta Medicinal da UFMA, localizada ao lado do Herbário Ático SEABRA, no Campus do Bacanga, onde são vendidos alguns fitoterápicos e onde a professora também presta atendimento à comunidade. As plantas da horta são disponibilizadas para a população, pois, segundo a professora, fazem parte do Programa de Extensão da Universidade.