UFMA

Nos últimos meses, São Luís tem apresentado um forte aumento na temperatura. Algumas pessoas sofrem com o calor e também com a baixa umidade, o que têm gerado desconforto, falta de respiração e até queimaduras, ocasionando a procura médica.

Óculos de sol, sombrinhas e ar-concionados têm sido os meios encontrados por boa parte da população para se proteger da alta temperatura. Mas, segundo o fisiologista e professor de Educação Física da UFMA, Florentino Assenço, a melhor escolha é a hidratação, que pode ser feita com a ingestão de água, sucos, frutas e outros alimentos que contenham bastante líquido. Em relação à quantidade, o organismo, por meio da sede, indica quanto de líquido deve ser ingerido; mas em se tratando de água, por maior que seja a quantidade, não faz mal algum, conclui.

Um adulto tem cerca de 70% do peso formado por água, sendo que à medida que o corpo envelhece, a quantidade diminui. O maior gasto é feito durante a transpiração, ocorrida, principalmente, com os exercícios físicos e com o aumento do calor, além da excreção. No entanto, há outras formas de perda em situações de doenças, como febre e diabetes, entre outras.

Além de ocasionar a perda de água, a desidratação diminui significantemente os eletrólitos (sais minerais), o que leva muitos a apelarem para os refrigerantes, ao buscar conter a sede e suportar o calor. Segundo Florentino, essa alternativa não é eficaz, pois não mata a sede. Na prática, eles apenas amenizam a vontade de beber por um curto período de tempo, além de ter muitas calorias, gases e outras substâncias que podem provocar problemas estomacais se ingeridos freqüentemente, especialmente por crianças, confirma o fisiologista.

Florentino faz um alerta para o uso de diuréticos (medicamentos que elevam fortemente a taxa de excreção pela urina). O uso desses medicamentos é muito perigoso, especialmente nesta época em que a umidade ambiente está muito baixa, além disso, não auxiliam no emagrecimento, já que eles provocam perda de água e não de calorias, finaliza.