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A partir desta segunda-feira, 10, cerca de 48 alunos por dia serão entrevistados para concorrer às vagas destinadas a afro-descendentes no Vestibular 2009 da Universidade Federal do Maranhão. As entrevistas, com término previsto para este sábado, avaliarão os candidatos bolsistas de escolas particulares e os candidatos sobre os quais há dúvidas se preenchem o perfil esperado. As dúvidas geralmente estão relacionadas aos documentos apresentados ou não, à foto anexada e aos motivos que fizeram o candidato optar pelas cotas.

A Comissão de Validação da Opção de Cotas, responsável pelas entrevistas, é composta de 15 avaliadores, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), da Copeve (Comissão Permanente de Vestibular) e da administração da Universidade. A entrevista de 10 minutos, realizada no Núcleo de Eventos e Concursos, é feita com base em um questionário sobre a origem, a moradia, a escolaridade dos pais do candidato e sobre a compreensão que este tem do sistema de cotas. Além das entrevistas realizadas no Campus do Bacanga, são realizadas entrevistas em Imperatriz e Chapadinha, para atender os candidatos destes e de outros municípios.

Segundo o coordenador do NEAB e membro da Comissão, Carlos Benedito Rodrigues da Silva, a entrevista não é uma etapa eliminatória e não há um limite de alunos que podem ser “aprovados”. “Nosso objetivo é avaliar o perfil do candidato e entender como ele se posiciona frente ao sistema de cotas e porque ele escolheu concorrer desta forma” explica o professor.

Antônio Sena é um dos concorrentes às vagas para afro-descendentes. Em 2009, ele prestará vestibular para o Curso de Engenharia Elétrica, pois gosta de cálculo e já fez dois testes de aptidão que apontaram para a área de exatas. Sobre a entrevista, ele revelou que achou um pouco difícil no começo, mas depois conseguiu se sair melhor. “As perguntas que ele fazem são bem específicas e focadas no que eles realmente têm interesse” constatou. Para ele, o processo foi rápido e bem organizado, pois não esperou muito tempo na fila.

Metade das 3932 vagas distribuídas em 54 cursos de Graduação será destinada a categoria Universal e 25% destas para afro-descendentes. Dos 2552 inscritos nesta categoria, estima-se que 400 passarão pela entrevista e os alunos que não passarem pela seleção concorrerão na categoria universal.