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Os perigos de comer peixes contaminados por mercúrio

Publicado em: 04/11/2008

Semelhante à pesquisa realizada recentemente na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o professor do Curso de Oceonografia da UFMA, Antônio Carlos Leal, realizou há 18 anos um estudo que avaliava o índice de contaminação de peixes da espécie Dourado por mercúrio, em São Paulo. Ele explica que o mercúrio é um metal pesado, mas que na sua forma elementar não é muito tóxico. Ao entrar em contato com outros elementos, como a água, o metal sofre mudanças e transforma-se em mercúrio orgânico (metilmercúrio), que é muito mais prejudicial à saúde.

A contaminação das águas com o metal é causada por emissões industriais (como as indústrias de Cloro, as manufaturas de lâmpadas florescentes e baterias primárias), e outras práticas, como a ourivesaria e, até mesmo, a pintura (que utiliza mercúrio para preservação da cor). Uma vez na água, o metal contamina os peixes que, ao ser ingeridos, nos contaminam.

O mercúrio pode causar danos irreversíveis. Ele pode comprometer o sistema nervoso, principalmente em fetos, causar danos nos gametas ou células sexuais e anormalidades cromossômicas, esclarece o professor. Porém, apesar destes dados alarmantes, a concentração de mercúrio nos peixes do litoral maranhense nunca foi estudada. A ausência de grandes indústrias, equipamentos, técnicos e materiais exigidos para a pesquisa são alguns dos motivos apontados por Antônio Carlos Leal para a carência de estudos sobre o assunto.

De acordo com a nutricionista Isabela Calado, professora da UFMA, deve-se ter dados estatísticos sobre a contaminação dos peixes, uma vez que a ingestão destes é necessária, pelo menos uma vez por semana, para uma alimentação balanceada. O peixe é fonte de proteínas, assim como a carne e o frango. Ele tem como vantagens: ser menos gorduroso e possuir ômega 3, que ajudam a proteger o indivíduo de doenças cardiovasculares afirma.

Sem o conhecimento do índice de contaminação com mercúrio, cujo limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 0,5 microgramas por grama de carne, no Estado, o professor Antônio Carlos acredita que é possível executar algumas medidas de precaução. Precisamos de uma fiscalização efetiva da deposição de mercúrio em esgotos e do controle dos produtos emitidos pelas indústrias, conhecidos como efluentes industriais.

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