UFMA

SÃO LUÍS - Com o objetivo de levantar a discussão sobre as tecnologias educacionais, o Encontro Nacional de Hipertexto e Tecnologias Educacionais, realizou na quinta-feira, 16, a conferência “Tecnologias Assistivas”, ministrada pelo professor Elias Teodoro Silva Júnior do Instituo  Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), no Auditório Central do Centro Pedagógico Paulo Freire, na Cidade Universitária.

 A conferência sobre tecnologias assistivas, também chamadas de tecnologias de apoio, foi pautada em todos os equipamentos, serviços e acessórios que são desenvolvidos com o objetivo de facilitar a vida das pessoas que possuem algum tipo de dificuldade seja ela visual, auditiva, locomoção, entre outros.

De acordo com um levantamento apresentado na conferência, cerca de 3,5% de pessoas possuem algum tipo de deficiência visual e auditiva dentro da sociedade brasileira. Porém, no ambiente acadêmico, o percentual é bem menor por conta das dificuldades em se incluir nesse meio, diante do pouco acesso às ferramentas de auxílio. A tecnologia assistiva pretende quebrar essas barreiras. Elias Júnior afirmou que, com a ajuda da tecnologia assistiva, os deficientes visuais e auditivos serão tão produtivos intelectualmente quanto qualquer outra pessoa.

Elias Júnior, que trabalha com engenharia de computação e eletrônica, conta que o laboratório de desenvolvimento de pesquisa da IFCE desenvolve produtos visando aumentar o acesso do deficiente visual ao conhecimento. “Existem várias tecnologias para que o braille saia do livro de papel e venha para um dispositivo eletrônico. Os livros em braille são muito pesados e possuem um conhecimento desatualizado”, contou.

Apesar da escassa produção de tecnologias voltadas para essa temática, existe, atualmente, a audiodescrição - feita por softwares que leem e reproduzem esses textos aos usuários e que é uma ferramenta muito poderosa para o acesso a informações novas. Porém, segundo o conferencista, o problema se encontra na relação da criança com essa ferramenta. “Se a criança aprende ouvindo, ela não desenvolverá a escrita, para isso é preciso que a criança tenha acesso ao braille”, afirmou.

Alexandre Belfort Silva, que estava participando do evento, é Coordenador de Materiais da Coordenação Geral de EaD da Universidade Ceuma e conta que a tecnologia possui hoje o desafio de sair da informalidade. “A tecnologia na educação é muito vista na educação a distância, mas é preciso que o ensino presencial se atualize quanto as novas ferramentas de ensino”, contou.

O VI Encontro é uma realização da Associação Brasileira de Estudos Hipertextos e Tecnologias Educacionais (ABEHTE), sob a organização do Departamento de Engenharia de Eletricidade (DEEE), do Departamento de Letras (Deler), e do Núcleo de Educação a Distância (NEaD) da UFMA. 

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Produção: Marcelo Oliveira
Revisão: Patrícia Santos

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Carina Andrade
Última alteração em: 20/07/2015 12:15