UFMA

SÃO LUÍS – Está em realização, até esta sexta-feira (28), na Cidade Universitária, o VI Encontro de Educadores com a temática 'Conhecimento Científico, Política Educacional e Práticas Educativas: velhos dilemas e desafios contemporâneos'. Durante a programação desta quinta-feira (27), foi realizada a apresentação oral do trabalho 'O Pronatec e a dimensão social da relação trabalho e educação para a educação profissional', apresentado pela mestranda Francilene do Rosário de Matos.

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pelo Governo Federal em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. Serão R$ 24 bilhões em investimentos até 2014. A expectativa do governo é que sejam criados 8 milhões de vagas em cursos de formação técnica e profissional. Para implementar o programa, estão em construção 208 unidades de institutos federais de educação profissional, sendo que 35 delas devem ser entregues ainda este ano. E, por meio de parceria com o Sistema S, a oferta de cursos profissionalizantes gratuitos será ampliada para 630 mil vagas.

O trabalho apresentado foi baseado em uma pesquisa documental fundamentada em legislações, documentos, relatórios, discursos oficiais, matérias jornalísticas, entre outros, e trouxe, entre outras abordagens, o Pronatec como objeto de reflexão e a expansão da educação profissional e tecnológica realizada pelo Pronatec, a exemplo.

Durante a apresentação do trabalho, que é baseado na dissertação de mestrado da professora, ela explicou que o Pronatec é marcado por continuidades, especificidades e ambigüidades, uma vez que ele não é um programa novo, além de manter um compromisso educacional. Segundo a professora o programa ainda está em debate acadêmico e político em relação à integração e articulação necessária entre a educação básica e a educação profissional “justamente por que existe um confronto entre a proposta de emancipação profissional da classe trabalhadora e a proposta de interesse do capital sob o modelo de polivalência", como complementou.

A professora utilizou vários autores para explicar que o Pronatec é interessante, mas que vai contra tudo que se discutia sobre educação profissional. Ela falou que é necessário que haja uma revisão do programa, mas que, apesar disso, nenhuma constituição desconsidera o programa. "Entretanto, é necessário que haja uma maior discussão do Pronatec pela academia", pontou.

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Produção: Marcelo Oliveira
Revisão: Charles Mendes

Lugar: Cidade Universitária do Bacanga
Texto: Daryanne Caldas
Última alteração em: 27/11/2014 20:00