UFMA

SÃO LUÍS - O nordeste sempre se configurou como uma das regiões brasileiras mais importantes para arqueologia, devido à quantidade e diversidade de sítios como também pelo longo processo de desenvolvimento e amadurecimento vivenciado pela disciplina, desde o século passado. O Núcleo Regional Nordeste da Sociedade de Arqueologia da Sociedade Brasileira realizou, nesta quarta-feira (29), no Centro Pedagógico Paulo Freire da Universidade Federal do Maranhão, III Reunião da Sociedade Brasileira, tendo como tema: “Arqueologia do Nordeste Conhecimento, Particularidade e Novas Perspectivas”. O evento teve como objetivo fortalecer ações de diferentes atores em prol da institucionalização da arqueologia como área de conhecimento no Estado do Maranhão.

Na ocasião, houve a apresentação dos responsáveis do evento para mesa de abertura, como coordenador, Arkley Marques Bandeira; Historiadora, Kátia Santos Bogéa; professor de História da UFMA; Flávio Rizzi Calippo e o professor de História da UFMA, Francisco Navarro. O coordenador do evento, Arkley Marques Bandeira, disse que é um encontro que acontece a cada dois anos, nos estados do nordeste, com finalidade de fortalecer as áreas acadêmicas, sendo que a UFMA vem construindo estruturar e condições necessárias para implementação do curso de arqueologia, porém a realização desse evento vem também fortificar a presença do curso no Campus.

Em seguida, o encontro contou com a conferência do professor da Universidade Federal de Pernambuco, Marcos Gomes de Matos de Albuquerque, sobre o processo Histórico da Arqueologia do Nordeste: Conhecimentos e novas perspectivas. Segundo ele, um povo que não conhece seu passado não tem perspectiva futura na construção da sua história. E a arqueologia do nordeste sofreu várias transformações no processo de construção, através de personalidades,  como Peter Lund, Lourneiro Fernandes, Emilio Groeli, Carlos Esterão, Castro Farias e Paulo Duarte, que contribuíram muito na edificação dos núcleos embrionários da arqueologia do Brasil.

Ele disse que a primeira fase da arqueologia no Brasil teve um processo lento de investigação devido à carência de teorias e metodologia de pesquisa e os pesquisadores trabalhavam simplesmente por amor à profissão. Mais tarde é que surgiu a corrente Francesa com o casal Empeire e a Americana com o casal Evans. Esses dois campos de pesquisa fortificaram o estudo de arqueologia no Brasil a partir de elaboração de métodos e técnicas de pesquisa arqueológicas.

Atualmente, a arqueologia brasileira se consolidou em pesquisas, com aparição de estágio remunerado, houve a necessidade de se criar organização, como, Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), introdução nos cursos de graduação, pós-graduação, doutorado, órgão de gestão e fiscalização do patrimônio arqueológico, museus, centros de pesquisa e empresas de consultoria e licenciamento ambiental, continuou o palestrante Marcos Albuquerque.

O estudante do curso de História da UFMA, Jackson Franco de Sá, disse que a palestra foi muito interessante, uma vez que o professor Marcos Albuquerque é uma biblioteca viva da história da arqueologia brasileira. “Ainda mais quando o conhecimento partilhado tem muito a ver com mundo que pretendes viver”, enfatizou.

O evento foi encerrado com exposição de fotografias de trabalhos e títulos ganhos pelo professor de arqueologia de Pernambuco, Marcos Albuquerque.

Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
Siga a UFMA nas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e RadioTube

Produção: Marcele Costa
Revisão: Charles Mendes

Lugar: Cidade Universitária
Texto: Osmilde Miranda
Última alteração em: 30/10/2014 15:05