UFMA

Tijolo, barro, areia, cinza, giz e tinta. Estes são apenas alguns dos desejos não-alimentares – se é que não podemos dizer estranhos e incontroláveis - que as mulheres sentem durante o período de gravidez. Segundo a nutricionista e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão, Silvia Moreira Lima, a carência nutricional é um dos principais fatores que causam estes anseios. O organismo não apresenta uma forma específica de decodificar o que falta no corpo, logo, busca essas substâncias e nutrientes por determinados alimentos. De acordo com ela, duas de cada três mulheres grávidas sentem esses tipos de desejos.

Chocolates, sorvetes, doces e comidas picantes lideram o ranking de vontades incontroláveis das mulheres grávidas. Sílvia explica que os hormônios também provocam mudanças psicológicas e de apetite, nesse período. De acordo com a nutricionista, se os alimentos desejados fornecerem nutrientes essenciais, eles podem ser ingeridos sem prejuízos ao bebê ou mesmo à gestante. “Mas se os alimentos forem ricos em calorias vazias e sem nenhum tipo de valor nutricional, eles podem prejudicar ambos”, ressalta. A nutricionista lembra que a desnutrição materna contribui para o nascimento de bebês de baixo peso, que na fase escolar, podem se tornar obesos.

PERFIL

Silvia Tereza de Jesus Rodrigues Moreira Lima possui licenciatura em Nutrição pela Universidade Estadual do Maranhão (1997), graduação em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (1986), especialização em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto (1989), especialização em Nutrição Humana e Saúde pela Universidade Federal de Lavras (2001). Ela é mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão (2007) atualmente é professora assistente e coordenadora do curso de Nutrição da Universidade Federal do Maranhão e tutora da Residência Multiprofissional em Saúde do Hospital Universitário da UFMA.