UFMA

O perfil dos jogadores de diferentes esportes tem gerado grandes discussões. Alguns apontam o fator psicológico como um dos principais responsáveis pelas vitórias ou derrotas. Um dos exemplos foi a seleção feminina de voleibol brasileira, que depois do fracasso nas Olimpíadas de Atenas (2004), levou uma psicóloga para Pequim e conquistou o ouro pela primeira vez.

Segundo o professor de Educação Física da UFMA, Zartú Giglio, a preparação física não é suficiente, mas sim, o condicionamento psicológico do atleta em cada situação. “Além da preparação física técnica e tática, outros aspectos devem ser considerados, como é o caso da preparação psicológica”, afirma Zartú.

Zartú Giglio, que tem especialização em Psicologia do Esporte e já atuou como técnico de voleibol, explica sobre os quatro tipos de personalidades dos jogadores: o fleumático, que é cuidadoso, pensativo, com boa capacidade de trabalho paciente e com autodomínio, sendo ainda, introvertido; o colérico, jogador do tipo mais ativo, agressivo, impulsivo e otimista; o sanguíneo, que é o atleta sociável, expressivo e animado; e o melancólico, indivíduo mais ansioso e rígido, sendo também, pessimista.

De acordo com o professor, os técnicos têm papel fundamental na preparação psicológica dos jogadores. “O treinador deveria, além de realizar intervenções pontuais, conhecer muito bem os jogadores, quanto aos seus respectivos comportamentos no jogo. Dessa forma poderia realizar as substituições adequadas, nos ‘momentos emocionais’ de desequilíbrio”, comenta Zartú.

“Além disso, o treinador deveria formar os pares de jogadores com maior afinidade, além dos aspectos técnicos e táticos e deveria intervir tanto em relação ao atleta (de forma específica) quanto em relação ao grupo como um todo”, finaliza o professor.