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Casos de malária caem cerca de 98% no Maranhão

Publicado em: 19/09/2008

Determinar as espécies de mosquitos transmissores da malária (anofelinos) no Maranhão e saber quais protozoários causadores da doença cada espécie é capaz de transmitir são alguns dos objetivos da equipe do pesquisador do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Maranhão, José Manuel Macário Rebêlo. Além disso, o professor procura conhecer o hábito desses mosquitos, quais são os que se relacionam com o ser humano e como se dá o contato. Segundo o pesquisador, em 1999, no Maranhão, houve aproximadamente 80 mil casos da doença. Em dez anos, de 1999 até final de junho deste ano, o número de casos caiu cerca de 98%. Foram apenas 2 mil casos, no Estado, até o primeiro semestre de 2008.

De acordo com Macário, existem, no Maranhão, aproximadamente 30 espécies de mosquito do gênero Anopheles. Dos que transmitem a malária, dois são os principais vetores: o Anopheles aquasalis, que se reproduz em água salobra e no litoral, e conseqüentemente transmitem a doença em São Luís; e o Anopheles darlingi, que transmite a enfermidade no interior do Estado. "O Maranhão já representou uma das áreas que mais transmitiram a infecção no Brasil", afirma o pesquisador.

Estima-se que ocorram cerca de 300 a 500 milhões de casos novos de malária, no mundo inteiro; com um a dois milhões de óbitos a cada ano. Conforme o pesquisador, os continentes que mais têm a malária são consecutivamente a África – com 90% dos casos no mundo - e a América. No Maranhão, alguns dos casos que ocorreram em agosto e setembro deste ano, inclusive em São Luís, foram influenciados pelo fenômeno La Niña, que incidiu fortemente no Nordeste e fez chover muito nos meses de fevereiro, março, abril e maio, formando criadouros que se estabilizaram no final das chuvas e no começo do período de estiagem. A ocorrência da doença também está associada a fatores biológicos, ecológicos e sociais. "A enfermidade pode ser importada de outros estados amazônicos, como o vizinho Pará, e de países com as Guianas, que freqüentemente recebem migrantes maranhenses, sobretudo, o Suriname", diz Macário.

"A malária é uma doença de difícil controle, pois os anofelinos 'desenvolvem' resistência comportamental", explica Manuel. O pesquisador diz que alguns estudos dele demonstram que os mosquitos escapam das estratégias de controle vetorial por entrarem nas residências, picarem as pessoas infectadas e não pousarem nas paredes, onde são aplicados os inseticidas. Logo, o mosquito não morria e transmitia a malária a outra pessoa.

"Até pouco tempo, a captura dos vetores exigia a presença do especialista que estuda o inseto como atrativo para o mosquito, mas isso acarretava em problemas éticos", ressalta o professor. A Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) juntamente com as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPS) do Pará, São Paulo, Minas Gerais e Amazonas irão discutir com pesquisadores da UFMA e outras instituições um projeto multidisciplinar, onde se prevê a implantação de novos métodos de captura do vetor. A reunião sobre esse projeto será discutida nos dias 9 e 10 de outubro, em São Luís.
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