UFMA

SÃO LUÍS - Uma doença perigosa, considerada a principal causa de morte no mundo, devido o favorecimento de uma série de outras doenças, e silenciosa, já que a maioria das pessoas que sofrem  da enfermidade, não apresentam qualquer sintoma ou sinal. A hipertensão é uma doença crônica que acomete crianças, adultos e idosos, de todas as classes sociais e condições financeiras.

 A hipertensão é caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue, e pode ser dividida em três estágios, definidos pelo nível de pressão arterial - força que o sangue exerce na parede das artérias. O estágio I ocorre quando a hipertensão está acima de 140 por 90 e abaixo de 160 por 100, o estágio II, a hipertensão está acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110, e o estágio III, acima de 180 por 110.

O diagnóstico é feito através do aferimento de pressão, normalmente feito em aparelhos manuais ou automáticos, e pode ser determinado por diversos fatores. "A hipertensão, na maioria dos casos, tem origem genética, mas a obesidade, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, os altos níveis de colesterol, o sedentarismo e o grande consumo de sal também influenciam nos níveis de pressão arterial", explica o cardiologista do Hospital Universitário da UFMA, Monteiro Júnior.

O tratamento deve ser feito de forma preventiva, já que a doença, ao apresentar os sintomas, muitas vezes já comprometeu diversos órgãos, resultando em muitos outros problemas, como infartos agudos do miocárdio, acidente vascular cerebral e doenças renais crônicas.

As alimentações rápidas, de pouco valor nutritivo, tomam conta do mundo atual. Refeição preferida da maioria das crianças, os alimentos fast food, levam diversas crianças aos consultórios, com uma análise nada agradável: hipertensão precoce. "Em função da mudança de hábitos, começamos a observar um maior número de crianças e adolescentes no consultório, algo extremamente raro antigamente, apresentando não só a hipertensão, mas problemas com a alteração de lipídios e da glicose", afirmou Monteiro.

O combate à hipertensão, segundo o cardiologista, deve ser feito através de prevenção primária e secundária. "É necessário que se controle os fatores que podem deflagrar a hipertensão, como a prática de exercícios físicos, evitar o consumo excessivo de sal e possuir uma alimentação balanceada. Caso o indivíduo já tenha sido diagnosticado, a mudança de hábitos alimentares, associado ao uso de remédios, faz-se necessária", enfatiza.

 

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Produção: Letícia Mourão
Revisão: Patricia Santos

Lugar: Cidade Universitária do Bacanga
Texto: Marcele Costa
Última alteração em: 23/04/2014 15:03