UFMA

Com o objetivo de explicar como seguirá o processo eleitoral para a escolha do novo reitor da UFMA, após a saída da candidata Maria Ozanira da Silva e Silva do processo, o reitor em exercício, José Américo da Costa Barroqueiro, concedeu, na manhã de ontem, uma entrevista coletiva à imprensa no Palácio Cristo Rei, sede da reitoria.

Maria Ozanira decidiu retirar-se do pleito na última sexta-feira e não submeter o seu nome à votação no Colégio Eleitoral Especial por não concordar com este sistema. “Durante a Consulta Prévia para a indicação de candidatos ao cargo de reitor(a) defendi que a decisão da Comunidade Universitária fosse acatada pelo Conselho Universitário por reconhecer apenas neste a legitimidade política para escolher o reitor(a) da nossa Universidade. Infelizmente, enquanto a sociedade consolida novos padrões democráticos, a UFMA persiste com o Sistema de Colégio Eleitoral”, afirmou a professora em nota oficial.

Segundo o reitor, com a saída da candidata, os membros do Conselho Universitário escolherão, em reunião a ser realizada entre os dias 8 e 15 do próximo mês, dois nomes que vão compor a lista tríplice juntamente com o candidato Fernando Ramos. Ramos foi o mais votado na Consulta Prévia realizada no último dia 05, com 73,58 pontos contra 25,21 de Ozanira Silva.

Depois de definidos os três nomes, a lista será enviada para o Governo Federal que, através do Ministério da Educação, escolherá o novo reitor da UFMA. De acordo com José Américo Barroqueiro, a expectativa é que o Governo escolha o candidato mais votado pela comunidade acadêmica. “Nós acreditamos que o Ministério mantenha a decisão já tomada em outras Universidades de indicar o mais votado na consulta prévia.”

Podem compor a lista tríplice os professores titulares, professores adjuntos IV ou docentes que sejam portadores do título de doutor, neste último caso, independentemente do nível da classe do cargo ocupado.

Para o reitor em exercício, o próximo processo eleitoral deve sofrer modificações, como o fim do Colégio Eleitoral Especial e a adoção do voto paritário. “Creio que essa seja a última eleição sem a paridade dos votos de alunos, técnicos administrativos e professores”.

Atualmente, os votos de professores tem peso de 70% e o voto de alunos e técnicos administrativos tem peso de 15% para a formulação da média ponderada utilizada no pleito.

O professor Barroqueiro também defendeu a igualdade de datas para a escolha de reitor e vice. “Com a atual situação a eleição do vice acontecerá quase dois anos depois da eleição do reitor, o que pode gerar algumas incompatibilidades de idéias entre o reitor e seu vice”, argumentou.