UFMA

A UFMA, através dos seus professores pesquisadores está atenta à questão do meio-ambiente, sobretudo as devastações de ecossistema naturais como os mananciais de água doce. A Bacia do Rio Itapecuru, a 50km da capital, é um exemplo. Ações desenvolvidas a partir do departamento de Oceanografia e Limnologia têm procurado minimizar - sob a forma de conscientização - alguns dos problemas mais graves ali registrados a partir da ação do homem ribeirinho.

O professor Ricardo Barbiere chama a atenção para o perigo da salinização desses mananciais, ampliando o universo do problema para a bacia do Pericumã e também do Mearim. “À medida que a erosão avança, reduz a capacidade das nascentes produzirem água doce e o surgimento de crostas onde antes era leito natural. O aumento do nível do oceano provoca uma invasão da água salgada, alterando radicalmente todo o ecossistema”, alerta o pesquisador.

Nos casos de devastação mais próximos da UFMA, como os rios das Bicas e o Anil, a situação é ainda mais grave. “O poder público está tentando fazer sua parte, mas os projetos são sempre interrompidos por falta de recursos e nem sempre se obtém os resultados imaginados”, lamenta o professor Ricardo. Entre os projetos desenvolvidos, ele cita pesquisas sobre poluição das águas do Bacanga, onde foram detectadas as presenças de metais pesados em moluscos como o sururu, por exemplo.

Entre as ações governamentais, o professor Ricardo Barbiere destaca o projeto de águas perenes da Assembléia Legislativa e a decisão do Governo Estadual de realizar, no Maranhão, o Encontro Internacional do Meio-Ambiente, com participação de vários países, entre os quais Estados Unidos, França, Japão, Canadá, Alemanha. Portugal e Irã.