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Escritora, musicóloga e abolicionista, a maranhense Maria Firmina dos Reis publicou, no ano anterior à abolição da escravatura (1888), um conto que mudava a perspectiva pela qual se via o negro na literatura brasileira: “A Escrava”. Sua obra prenunciava clássicos como “O mulato”, de Aluísio de Azevedo, capazes de consolidar a valorização do negro enquanto personagem historicamente atuante na sociedade.

Essa é a abordagem feita pelo mini-curso “O negro na literatura maranhense”, iniciado nesta terça-feira (20) e com término na sexta (23). A ministrante do curso, professora Maria Rita Santos, quer levar aos interessados em letras, uma visão da contribuição literária maranhense para a mudança da mentalidade nacional em relação aos negros.

Na quarta-feira ,21, a professora Luzia Toríbio deu prosseguimento ao mini-curso, cujo intuito é também destacar a ambição de Maria Firmina de pôr a condição da mulher negra em discussão. “Ela teve a coragem de tratar um tema polêmico à época, chocando a sociedade brasileira e facilitando a ascensão social do negro”, complementa Luzia Toríbio.