UFMA

A Universidade Federal do Maranhão marcou presença na festa do Jubileu de Ouro de Prata da UEMA. O vice-reitor Antonio José da Silva Oliveira foi um entre os 13 homenageados numa noite onde a poesia deu o tom. Sob a voz da poetisa e atriz Leda Nascimento, convidados e homenageados reavivaram versos dos poetas brasileiros. Os maranhenses como Bandeira Tribuzzi, José Chagas e Josué Montello dividiram ombro a ombro com Ney Suassuna, Machado de Assis, Mário Quintana e Castro Alves o embate da Literatura.
A solenidade foi aberta pelo reitor da Universidade Estadual do Maranhão José Augusto Silva Oliveira e teve na mesa o reitor da UFMA Natalino Salgado Filho, o diretor da FAPEMA, Sofiane Labidi, os pró-reitores da UEMA e os escritores homenageados. Foi uma noite de autógrafos especial na vida de cada um dos muitos convidados que lotaram o salão nobre do Centro de Convenções Governador Pedro Neiva de Santana.
“Coletânea de artigos publicados na ‘Revista Maranhense: Artes, Ciências e Letras’” é uma publicação da Editora UEMA, feita a oito mãos: além do vice-reitor da UFMA, participaram da organização do projeto Ilma Vieira do Nascimento, José Augusto Silva Oliveira e Maria Eliana Alves Lima. A produção da coletânea é resultado de um projeto de extensão do professor Oliveira, em conjunto com alunos de Comunicação, Pedagogia e Filosofia, que readaptaram os textos da revista para o relançamento.

REVISTA MARANHENSE - A Revista Maranhense circulou, mensalmente, em 15 cidades do Maranhão e Pará em meados do século XIX e XX. Na apresentação do livro, os organizadores explicaram que a revista foi uma publicação escrita por rapazes de classe média e famílias tradicionais. "Ela foi a segunda revista de divulgação científica do Brasil, pois foi lançada como espelho da Revista Brasiliense, de circulação nacional na época do Império", disse o vice-reitor da UFMA Antonio Oliveira.

Fruto de um trabalho de rememória, a Coletânea tencionou trazer novamente à circulação textos representativos da produção intelectual não apenas científica, mas também literária do início do século. "Lançaremos outras edições, para que o passado e a glória maranhenses sejam revividos", afirmou o vice-reitor, lembrando que os periódicos enalteciam as personalidades intelectuais maranhenses. Para ele, a importância da iniciativa estende-se também à possibilidade de incentivo à produção científica do Estado.

Nas edições originais do periódico, havia alternância de conteúdo: desde o lirismo, percebido nos poemas, até discussões políticas, em linguagem mais leve. O modelo livre da revista foi abolido com o passar do tempo, mas foi retomado agora nas páginas reeditadas da “Revista Maranhense: Artes, Ciências e Letras”. Dentre os principais temas figuravam Educação, Política, Matemática, Biologia e Literatura.

Esta primeira edição teve compilados 24 artigos de volumes referentes ao período 1916-1918. Atualmente, duas estudantes de Jornalismo preparam os textos que sairão nas próximas publicações. Há quatro anos, o trabalho de leitura, revisão e reestruturação textual é desenvolvido. Antes desse lançamento, “Coletânea dos Artigos” já havia sido lançada, no último mês de outubro, no Teatro João do Vale.