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Palavra do Reitor

Bem-vindo, Francisco

A biografia de Jorge Mario Bergoglio como Papa Francisco tem escassos cinco meses. A sua investidura como líder da comunidade cristã católica no mundo já nasceu marcada por inúmeros sinais: assumiu o pontificado não pela morte de seu antecessor, mas pela livre escolha de Bento XVI, que, tendo cumprido sua missão, abriu espaço para que outro levasse adiante a obra da Igreja. É o primeiro Papa não europeu em mais de 1200 anos. O primeiro latino-americano. O primeiro jesuíta. O primeiro a chamar-se Francisco, ainda que o santo que o inspirou seja admirado e querido em todo o mundo.

Todos esses eventos extraordinários, todavia, sequer fazem sombra ao verdadeiro impacto de seu pontificado: o estilo ministerial que tem encantado o mundo. O semblante aberto nos faz pensar que, a despeito da enorme responsabilidade, Francisco parece à vontade na condição de substituto de Pedro. O sorriso fácil e franco aparece no rosto de forma tão natural, que facilmente contagia qualquer espectador. Nele não se vê uma autoimposição, mas uma determinação pela simplicidade que não parece afetada. Ser simples é, para qualquer um que lida com suas vicissitudes humanas, extremamente difícil. Os livres são simples. Os que se aceitam e aprenderam a reconhecer limites e fragilidades também são simples. Eles podem repetir como Terêncio (Publio Terêncio Afro), dramaturgo e poeta romano: “Eu sou homem e nada do que é humano me é estranho”.

Antes mesmo de ser “testado” num evento especial, Francisco tem conquistado as pessoas com outra característica que se sobressai em cada aparição: a espontaneidade. Isso reveste a Jornada Mundial da Juventude, a ser realizada no Rio de Janeiro, com início na próxima terça-feira, esperada com grande expectativa por todos os cristãos. A Jornada será o verdadeiro debut do ministério deste Papa, pois será sua presença real, face a face, com pessoas que virão de todos os continentes. Espera-se a presença de representantes de 175 países e um total de mais de 300 mil inscritos na Jornada.

No momento pelo qual o Brasil passa – país ainda tão jovem, que se descobre, que assume sua própria identidade com os jovens nas ruas, e caminha decidido para uma maioridade –, os brasileiros recebem a Jornada como uma espécie de bênção ou autenticação de que na força e no idealismo dos verdes anos reside não uma ameaça, mas o novo, a mudança, a força de um país, da igreja... O verdadeiro significado dos versos da música de Jorge Ben Jor alcança neste exato momento sua correspondência na realidade: “Moro num país tropical / abençoado por Deus / E bonito por natureza...”.

Há aqui uma feliz coincidência entre o evento da Jornada e o sentimento de transformação que se espraiou por todo o país. Isso gera um ponto de inflexão, fato significativo para a nossa história, da qual somos testemunhas. A Jornada, por sua vez, é um chamado e uma celebração. Ela arregimenta corações e vozes, conclama vidas e aponta destinos. O lema da Jornada resume estes sentidos no texto evangélico: “Ide e fazei discípulos entre as nações” (Mateus 28:19). Ir ao encontro do outro, torná-lo um irmão. Fazer discípulos não sugere imposição, mas partilha. E a partir do ensino, através do testemunho, como bem disse São Francisco, deve-se pregar o Evangelho, se necessário com palavras. Por fim, este encontro, este irmanamento deve ser sem qualquer discriminação. A Boa-Nova é para todas as pessoas da terra.

Que a vinda do Papa num momento tão pródigo, em meio a vozes que clamam nas ruas, seja de alegria, de congraçamento, de confraternização. Seja bem-vindo, Francisco!

Doutor em Nefrologia, reitor da UFMA, membro do IHGM, ACM e AMC

 

Publicado em O Estado do Maranhão em 28/07/2013

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