Palavra do Reitor
As Olimpíadas encerradas no último domingo em Londres - independente da posição que nosso país ocupou no quadro de medalhas - evocam uma singela esperança de que, a despeito dos problemas monumentais pelos quais passa o mundo, particularmente na economia, pode-se, afinal, conviver com o outro, respeitar regras, aceitar diferenças, tudo num clima de paz.
Esse clima é particularmente intenso nas festas de abertura e encerramento dos Jogos, papel que Londres, em 2012, desempenhou com louvor. Na dura realidade das competições, entretanto, e seus resultados medidos em medalhas, as mais diversas análises mostram um Brasil com resultados melancólicos. A 23ª posição está longe de refletir a importância econômica, política e cultural do país sede das próximas Olimpíadas.
É de se conjecturar que o resultado pífio, sem desmerecer as conquistas de muitos atletas - especialmente as gratas revelações no pentatlo moderno e na ginástica, os mais notórios nesta competição -, seja fruto de uma política de estado errática que, muito bem organizada no discurso, ainda não se traduz em conquistas porque não criou uma cultura do esporte no país. Exceção ao futebol, cujos salários astronômicos de poucos jogadores, acenam com uma rota de escape das condições de pobreza e de pouca educação para muitos jovens. Os demais esportes sofrem de deficiências crônicas de apoio. No país do Carnaval, o investimento exclusivo, nesta festa, sobrepassa os recursos destinados à formação ou à simples manutenção de estruturas que produzam atletas para renovar os resultados daqueles poucos que conseguiram se destacar pelo talento individual.
Há de se empreender um esforço coletivo em prol do sucesso do país que será vitrine desportiva nas Olimpíadas de 2016. A esse chamado, devem atender as Universidades, em vista de proporcionarem não apenas infraestrutura esportiva, mas também de oferecerem um quadro de profissionais altamente especializado, que pode iniciar um novo ciclo de formação de atletas. Nesse sentido, as repercussões seriam positivas para as próximas, compatibilizando os resultados esportivos com o perfil de um país em ascendência no cenário mundial.
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) faz parte desse desafio. O seu processo de modernização e ampliação inclui, em fase avançada de investimento, o parque esportivo e, também, o laboratório de fisiologia - o único no Estado do Maranhão -, além da construção da pista olímpica, atendendo aos requisitos da Associação Internacional de Federações de Atletismo, a mesma que referendou os parques das Olimpíadas de Londrina. Ainda na Cidade Universitária, foram construídas duas quadras poliesportivas e outras duas nos campi do interior.
Estamos na fase de licitação para a construção da base de instalação da pista olímpica, bem como para a reforma e ampliação do campo de futebol, com drenagem e iluminação. Avançamos na área do ensino e da pesquisa em esporte, com a aprovação do Bacharelado em Educação Física na Assembléia Departamental. Está em nosso planejamento a constituição do Mestrado em Educação Física, com o incentivo ao desenvolvimento da área “Ciências do Esporte”.
Na área de extensão, em parceria com o Instituto Airton Senna, Fundação Sousândrade e a Suzano, temos o projeto “Jovens com a bola toda”, que atende cerca de 300 pessoas no entorno da Cidade Universitária, proporcionando lazer e perspectivas de um futuro melhor.
Sendo a inclusão um dos eixos prioritários de nossa gestão, também cabe destacar o Centro de Excelência em Paradesporto, que oferece modalidades como basquete e atletismo adaptados para cadeirantes, futebol para deficientes visuais, golbol e vôlei adaptados, com o objetivo de revelar campeões na paraolimpíada de 2016.
É sugestivo que o Brasil possua um Ministério do Esporte e que apresente tão tímidos resultados nas competições mundiais. Países que alcançam melhores performances nestes eventos têm uma característica comum: a base de tudo é a prática de esportes nas escolas e universidades. É deste enorme celeiro que surgem aqueles atletas com talento acima da média. Daí em diante, seja por meio da estrutura estatal ou privada, o trabalho não sofre solução de continuidade, porquanto há previsibilidade administrativa e de investimento, além de planejamento de longo prazo com metas específicas a serem atingidas. Sem estes pré-requisitos, serão condenados a repetir a frustração do governo brasileiro, que aplicou 2 bilhões de reais.
Seria coincidência que, justo quando fizemos uma colheita tão magra e decepcionante de medalhas nas Olimpíadas, o Ministério da Educação, através do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), revele uma situação no mínimo constrangedora nesta fase crucial da educação?. De 5.357 municípios brasileiros que tiveram o ensino fundamental avaliado nos anos finais, apenas dez conseguiram “nota” igual ou superior a 6 no IDEB. Esse índice avalia o ensino fundamental e médio. Explique-se que essa nota 6 é a média entre os países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne 34 dos países mais ricos e desenvolvidos. Coincidência ou não, a relação entre desempenho desportivo e educação acompanha perfeitamente os dez primeiros lugares na classificação de medalhas.
A UFMA está fazendo a sua parte para que os atletas maranhenses também possam realizar o sonho de colocarem a medalha olímpica no peito.
Doutor em Nefrologia, reitor da UFMA, membro do IHGM, ACM e AMC
Publicado em O Estado do Maranhão em 19/08/2012
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