UFMA

A Universidade Federal do Maranhão viveu esta semana mais um novo capítulo em sua rica história de realizações. Foi inaugurada oficialmente a pista olímpica de atletismo dessa instituição, com a presença do ministro do Esporte, George Hilton, do prefeito Edivaldo Holanda Jr., do governador Flávio Dino (que, quando deputado federal, destinou emenda parlamentar para a liberação de recursos empregados na construção dessa obra), dos ex-atletas olímpicos brasileiros Robson Caetano, Edson Luciano, Claudinei Quirino e André Domingos da Silva, do Secretário Executivo do Ministério de Esportes, Ricardo Leyser, além de autoridades estaduais e municipais ligadas ao esporte e diversos outros atletas maranhenses.

A recém-inaugurada pista – que atende aos requisitos da Associação Internacional de Federações de Atletismo, a mesma que referendou os parques das Olimpíadas de Londrina – possui 400 metros de comprimento e 10 de largura. A sua construção foi feita no formato de meia-lua e tem pistas com caixas de areia para saltos a distância e triplo, além de capacidade para outras 48 modalidades de atletismo. Além disso, está preparada para receber competições de níveis nacionais e internacionais. Sem contar que já foi cenário de diversas competições universitárias e escolares em 2014.

Após essa fase de inauguração, vamos partir para fazer as parcerias regionais com as prefeituras e o Estado a fim de trazer competições internacionais e manter esse espaço funcionando à disposição de nossos atletas e, ao mesmo tempo, despertar o interesse do esporte em nossos jovens, principalmente naqueles que moram na comunidade em torno da UFMA, a partir do Projeto Esporte e Lazer da Cidade, o PELC.

Essa pista veio completar o nosso parque esportivo, uma vez que na Cidade Universitária foram construídas duas quadras poliesportivas e outras duas nos campi do interior, além da reforma e ampliação pelo qual passou o campo de futebol, com drenagem e iluminação. Merece destaque o nosso laboratório de fisiologia, o único no Estado do Maranhão. Vale citar que, no Norte e no Nordeste, só a nossa universidade possui os equipamentos necessários para fazer pesquisas relativas à área de fisiologia do exercício.

Há algum tempo escrevi sobre o esporte na UFMA e mencionei o Centro de Excelência em Paradesporto, que oferece as modalidades de basquete e atletismo adaptadas para cadeirantes, além de futebol para deficientes visuais, golbol e vôlei, atividades essas voltadas ao objetivo de revelar campeões na paraolimpíada de 2016.

A inauguração dessa pista é apenas um dos diversos indicadores que revelam a melhoria do curso de Educação Física, o quarto mais procurado no Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Interessante observar que na área do ensino e da pesquisa em esporte, houve significativo avanço com a aprovação do Bacharelado em Educação Física na Assembleia Departamental, que passa a ser realidade agora em março no Campus do Bacanga. Temos também, em planejamento, a constituição do Mestrado em Educação Física, com o incentivo ao desenvolvimento da área “Ciências do Esporte”. Vamos também iniciar neste semestre o primeiro curso de Educação Física do interior, que vai funcionar em Pinheiro.

Esse novo cenário na área do esporte em nossa universidade aponta para um futuro promissor. Nosso passado era sombrio, de calamidade, pois muitos dos nossos cursos estavam para fechar e nosso quadro de atividades físicas estava ainda na fase de planejamento. Sempre acreditei que investir no esporte é sempre um bom caminho, pois proporciona inclusão, profissão e melhoria na qualidade de vida não apenas dos atletas, mas também da sociedade na qual estão inseridos, mobilizando famílias e atraindo crianças e jovens.

A Universidade assim cumpre seu papel, pois edifica obras estruturantes, investe na prática de esportes, trabalha com a ciência, aperfeiçoa o conhecimento de profissionais e se envolve com a comunidade.

Doutor em Nefrologia, reitor da UFMA, membro do IHGM, da AMM, AMC e AML.

Publicado em O Estado do Maranhão em 08/02/2015