Palavra do Reitor
Chegou às minhas mãos a obra do professor doutor Virgínio Cândido Tosta de Souza “Universidade, Ética e Espiritualidade”, que nos revela um caminho de conciliação entre o ambiente acadêmico e a vivência espiritual, temas aparentemente díspares.
Logo no início da narrativa, o autor propõe “uma reflexão da Universidade comprometida com a responsabilidade de transmissões da cultura, conhecimentos e valores éticos para as novas gerações” com o objetivo de mais adiante estabelecer “uma universidade comprometida com a ciência, mas também com a cultura humanista alicerçada em valores éticos e espirituais”.
Pensar a universidade nessa dimensão é vê-la sob o prisma de um lugar propulsor não apenas da formação humana, mas também de um espaço aberto para a difusão do bem (a exemplo dos projetos de extensão) e para a construção de valores, que ultrapassam o mero conhecimento.
As universidades estimulam a criatividade, a inovação e a liderança. Proporcionam a transformação do ambiente à sua volta, legando novos saberes e olhares acerca das habilidades, do conhecimento e da inovação para melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos. Contudo, devem ir além disso, solidificando pessoas propícias para a transformação do mundo à sua volta.
Como ressalta o autor, a universidade deve ser administradora de valores. Dessa forma, ele encontra na bioética e na ética, a qual “se refere às relações que os indivíduos estabelecem em uma determinada comunidade, mas sempre precedida de um investimento elucidativo dos fundamentos”, alicerces que podem embasar essa construção.
Finalmente, ao adentrar no campo da religiosidade e da espiritualidade, o autor constata que a “espiritualidade nutre valores comprometidos com o outro, com a vida, com o sentido plenificado de nossa existência terrestre” e que, na área da religiosidade, a Universidade constitui um “campo privilegiado para reajustar os focos de valores subjetivos ligados à arte e à religião e também buscar com toda clareza e humildade a dimensão da plenitude e transcendência”.
Sem dúvida, a obra do professor mostra um modelo de universidade que todos queremos e que a sociedade deseja. Uma universidade capaz de dotar o mercado de profissionais preparados para fazer a diferença, de pesquisadores comprometidos com a mudança, de alunos engajados, de técnicos que acreditam no potencial de seu talento, mas que, além de todos esses prognósticos, invista no lado espiritual, que, como lembra o Evangelho, aponta para um futuro muito mais duradouro e certo. A Universidade precisa ter uma visão fundamentada nos valores terrenos, no entanto deve estar comprometida com a construção de um mundo melhor, que se projete na eternidade.
Deixar um legado de conhecimento vai nos diferenciar daqueles que meramente existiram aqui nesta terra. Mas, se, ao lado deste legado, pudermos somar as boas ações, poderemos enfim inscrever nosso nome na imortalidade. Há um verso de T. S. Eliot, citado por Rubem Alves, que expressa a importância do valor do imaterial: “E o fim de todas as nossas explorações será chegar ao lugar de onde partimos e conhecê-lo então pela primeira vez”.
Portanto, a obra do Professor Doutor Virgínio Cândido Tosta de Souza, que tem uma narrativa prazerosa, é um libelo que nos chama a atenção para a valorização de uma questão, que muitas vezes é relegada ao segundo plano: o reconhecimento da importância de um compromisso com o que de fato importa.
Doutor em Nefrologia, reitor da UFMA, membro do IHGM, da AMM, AMC e AML.
Publicado em O Estado do Maranhão em 25/01/2015
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