Palavra do Reitor
A Universidade Federal do Maranhão conquista mais um grande avanço: o Laboratório de Arqueologia, inaugurado no último dia 15 de setembro. De início, o recém-inaugurado laboratório já possui um acervo de 300 peças oriundas dos sítios arqueológicos localizados na baixada ocidental, dispõe ainda de uma biblioteca especializada e de equipamentos sofisticados para pesquisas arqueológicas, além de já ter iniciado três projetos de pesquisas no valor de R$ 300 mil reais, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão, e ter recebido a doação de R$ 1 milhão e 300 mil reais da empresa Suzano Papel e Celulose para realização de pesquisa aplicada.
A inauguração do laboratório – idealizado ainda em 2010, ano que coincidiu com a entrega do prédio de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais – fez parte da programação do I Seminário do Laboratório de Arqueologia, que contou com a presença de diversos estudiosos da área, interessados e renomados especialistas no assunto, entre os quais destacamos o Professor de Arqueologia da Unicamp, Pedro Paulo Funari, integrante do conselho editorial de importantes revistas científicas brasileiras e estrangeiras; o professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e autor de vários estudos nas áreas de Teoria Arqueológica, Arqueologia da Escravidão, Arqueologia Pública, Patrimônio Cultural, Lúcio Menezes Ferreira; a Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Kátia Bogéa; o Coordenador do Laboratório de Arqueologia da UFMA, Alexandre Guida Navarro; e os arqueólogos Arkley Bandeira e Danilo Assunção, profissionais atuantes em nosso estado.
Por ocasião da inauguração, a Superintendente do IPHAN, Kátia Bogéa, aproveitou para comunicar à nossa universidade a concessão de uma licença de pesquisa e guarda para o laboratório realizar análises acerca das estearias no Maranhão (sítios arqueológicos nos quais viveram os primeiros índios), que já são alvo de estudos preliminares por parte da equipe conduzida pelo Prof. Alexandre Navarro. Ano passado, a equipe, composta ainda por um museólogo e alunos de várias áreas de formação da UFMA, financiados pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), esteve levantando dados em antigas estearias localizadas numa região chamada Cuba, que fica próxima ao município de Pinheiro, onde foram coletados 171 fragmentos de peças de cerâmica.
Também estamos prospectando para 2015 a implantação do primeiro curso de Graduação em Arqueologia na UFMA, que será ministrado no prédio onde por muitos anos funcionou o Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (SIOGE), localizado na Rua Antônio Rayol, no Centro da capital. O espaço, com mais de 4 mil metros quadrados, será totalmente restaurado para abrigar as mais de 60 mil peças que datam de mais de nove mil anos, encontradas nas escavações feitas durante a construção da refinaria Premium, e que comporão o acervo do Museu de Arqueologia, ainda a ser inaugurado.
A Universidade Federal do Maranhão, que entende sua participação como promotora da inclusão social e deve seu crescimento ao investimento contínuo na pesquisa e extensão, está determinada a protagonizar diálogos e fomentar parcerias no constante resgate do que merece ser preservado, uma vez que não é indiferente o fato de que o Maranhão possui um rico patrimônio arqueológico (a exemplo do sítio localizado no Vinhais Velho; dos sambaquis do Bacanga, de Panaquatira e do Paço do Lumiar) e também uma extensa bacia hidrográfica da baixada maranhense, composta pelos rios Mearim, Pindaré, Pericumã e Turiaçu, que abrigam inúmeros materiais importantes em seus leitos.
A arqueologia no Brasil vem ganhando cada vez mais destaque e os registros históricos indicam que nossos primeiros imperadores (D. Pedro I e D. Pedro II) eram grandes incentivadores dessa área do estudo humano. Nem mesmo algumas dificuldades vivenciadas no período do Estado Novo e da Ditadura tiraram da Arqueologia seu papel relevante na busca da sociedade por respostas às indagações acerca de nossa origem e evolução. As pesquisas arqueológicas, que abrangem temas tão amplos como o meio ambiente, a cultura, a escravidão, as mulheres, além de aspectos sociais, econômicos e políticos, são fortes indutoras de uma inclusão social cada vez maior, pois estimulam o turismo e a geração de emprego e renda. Dessa forma, vale ressaltar que não há grande empresa que prescinda hoje do trabalho do profissional da Arqueologia.
Com nosso recém-inaugurado laboratório e futuro curso e museu de Arqueologia, o Maranhão terá à disposição pesquisadores e profissionais preparados para cuidar de nosso patrimônio, assim como entrará na lista dos Estados que legam às futuras gerações um acervo capaz de atender demandas que interessam não apenas à nossa sociedade, mas também à humanidade.
Doutor em Nefrologia, reitor da UFMA, membro do IHGM, da AMM, AMC e AML.
Publicado em O Estado do Maranhão em 06/10/2014
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