Palavra do Reitor
Vivemos um tempo em que direitos individuais, liberdade e, num contexto mais amplo, democracia e estado de direito são bens reclamados e desejados em quase todo lugar. No mundo ocidental, praticamente em todos os países, as populações têm acesso a estes bens tão caros, obtidos por meio de muitas lutas, marchas e contramarchas históricas e também mediante o preço da vigilância permanente.
A Páscoa, a despeito de ser uma comemoração de caráter eminentemente religioso, carrega consigo esses valores e o seu significado avança bem mais para lá desse campo, pois em seus primórdios, em seu sentido mais verdadeiro, está a liberdade.
A história começa há mais de 3.200 anos. No Egito, um povo sofria por 430 anos uma situação de escravidão que se agravava ano a ano. A Bíblia relata que Deus ouviu o clamor dos oprimidos e, para aquela região, providenciou um libertador, Moisés. Nenhum poder opressor cederá o seu “direito” de domínio. Em razão disso, Deus enviou dez pragas e, por meio de milagres, libertou os cativos com a mão forte e poderosa. Deu-lhes uma promessa. Eles teriam sua própria terra. Lugar de fartura e abundância. Terra fértil e próspera. Eles seriam povo, não um amontoado de explorados. Esse povo teria nas mãos o poder de se guiar, de se autodeterminar e tudo lhe iria bem. Para tanto, deveria apenas servir a seu Libertador, não a um tirano, mas a um mestre de paz e amor.
Na noite que antecedeu a partida, eles receberam a instrução para que cada família matasse e comesse um cordeiro. Era uma comemoração, uma espécie de preparação para a viagem de suas vidas. Naquela mesma noite, o Anjo da morte, sob a ordem divina, realizou sua última missão contra a nação opressora. Tanto na casa mais humilde quanto no palácio imperial houve choro e tristeza, contudo nas moradias dos hebreus havia a alegre expectativa de um novo começo.
A liberdade cumpriu seu papel: a Páscoa é um libelo em seu favor em qualquer lugar do planeta onde haja este ato covarde e infame, que deve ser banido de todas as formas nas quais ele se apresenta. Seja nas infrações de um mau patrão que sonega direitos aos trabalhadores, reduzindo seu semelhante à condição análoga à escravidão, seja quando se é indiferente à injustiça, que pode ocorrer em macrorrelações, as quais envolvem comunidades inteiras, ou em microrrelações cotidianas, com suas sutilezas que perpetuam modos de preconceito e legitimam inferioridades baseadas em condições sociais e econômicas.
A Campanha da Fraternidade deste ano, oportunamente, enfoca o seguinte: foi para a liberdade que Cristo nos chamou. A liberdade de uma vida plena, produtiva, rica e abençoadora como prelúdio de outra vida para sempre na companhia de Deus. Semelhante a esse pensamento, vaticina Adélia Prado: “as coisas tristíssimas, vão desaparecer quando soar a trombeta. Levantaremos como deuses, com a beleza das coisas que nunca pecaram, como árvores, como pedras, exatos e dignos de amor”.
O cordeiro da páscoa judaica simbolizava Jesus Cristo, o libertador de todo o mal. Ele, bem reconhece São João Batista, é o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus é, portanto, a escolha do Criador pela humanidade. Ele é um presente do nosso Pai. Sua morte, cruel e dolorosa, simboliza todo o sofrimento humano, desde as doenças, como nos lembra o profeta Isaías, até o pecado que é um mal interno devorador e que também nos desencaminha para longe de Deus.
A Páscoa (do hebraico Pessach, que literalmente significa passagem) ganhou ainda, com a presença de Jesus, uma nova palavra símbolo: ressurreição, que é uma forma diferenciada de liberdade. Festejamos não o sofrimento, mas o seu resultado na vida. Assim, desfrutamos da promessa divina de que, se crermos no Senhor, ainda que morramos, reviveremos. Não somente num futuro distante, mas em cada dia, em meio às lutas, aos desafios e às frustrações.
O apóstolo São Paulo diz que foi para a liberdade que Cristo nos resgatou, e é nessa condição de livres que superamos os medos que a violência moderna agrega, as angústias que nos cercam e, além disso, temos a certeza da alegria de que nossas dores, em Cristo, nosso libertador, são curadas. Esta crença provê força e ânimo para suportar os problemas quando não for possível mudá-los ou resolvê-los. Nesse sentido, diz o poeta amazonense Thiago de Mello: “(...) quando o caminho resistir, escapar da novidade de vida, com a fé, nós aprendemos um modo novo de caminhar”.
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