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SÃO LUÍS – O Núcleo Integrado de Bibliotecas (NIB) traz um dado alarmante: somente em 2017, foram danificados 959 livros do acervo da Biblioteca Central da Universidade, um material público que auxilia estudantes em sua trajetória acadêmica e enriquece o patrimônio intelectual da instituição, mas que, por falta de cuidados, corre o risco de não ser mais restaurado. Infelizmente, grande parte desse material está perdido.

Para conscientizar a comunidade acadêmica sobre esse problema e estimular a conservação do acervo bibliográfico, o NIB, em parceria com o curso de Biblioteconomia da UFMA, realizou, na manhã desta segunda, 22, a palestra de abertura da II Campanha de Preservação do Acervo.

Com o tema “Esse livro é nosso”, o evento segue até a sexta-feira, 26, com uma exposição das obras danificadas e reparadas da Biblioteca Central, local de realização da iniciativa, em tempo integral, das 8h até às 19h.

Esse livro é nosso

Uma mesa de diálogo abriu as atividades da II Campanha de Preservação do Acervo, em uma conversa interdisciplinar sobre a conservação e restauração de obras danificadas, além de debate sobre a obtenção de novos títulos para a Biblioteca Central.

O bate-papo foi conduzido pela diretora do NIB, Maria Fátima Oliveira Costa; com a presença de Aldinar Bottentuit, coordenadora do curso de Biblioteconomia; Valdirene Pereira, docente de Biblioteconomia; e Regiane Caire da Silva, docente de Artes Visuais.

“O dano de 10% de um acervo de 150 títulos é muita coisa. Além da campanha de conscientização, nós chamamos atenção diariamente aos usuários da Biblioteca, como, por exemplo, o risco de o aluno estar usando um livro com um copo de água próximo ao material. Se acontecer um acidente, e a água cair no livro, o material estará condenado, não tem como recuperá-lo”, alertou Maria Fátima.

Aldinar Bottentuit endossou o alerta pela preservação de aproximadamente 350 mil exemplares do acervo da Biblioteca Central. “Entendemos que não é uma política punitiva. O curso de Biblioteconomia está presente para educar, preservar, manter uma ideia preservacionista, e não punitiva. Queremos estimular campanhas educacionais”, pontuou.

Acervos nos museus

Logo após, Helder Luiz Bello, museólogo da Universidade, ministrou uma palestra sobre a Conservação Preventiva de Acervos. Helder explicou pontos que são cruciais sobre a preservação de um acervo bibliográfico, como clima, localização física, estrutura e umidade.

“Os museólogos dificilmente participam da discussão sobre a criação de um museu, embora isso tenha diminuído nos últimos anos. Existe a reivindicação da população pela criação de museus, mas isso geralmente é uma coisa que vem de cima para baixo. Acervos doados para a fundação de museus normalmente são alocados em um prédio histórico que precisa de conservação”, denunciou.

Produção: Marcos Paulo Albuquerque
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Rodrigo Bomfim
Última alteração em: 22/10/2018 15:13

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