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Racismo e Divisão de Classe é tema de Café Histórico-Geográfico promovido por Centros Acadêmicos

Publicado em: 12/11/2019

SÃO LUÍS – Os Centros Acadêmicos de Geografia (Cageo) e de História (Cahis) da Universidade Federal do Maranhão promoveram, na tarde desta quarta-feira, 12, na sala do Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIS), o primeiro Café Histórico-Geográfico, com o tema Racismo e divisão de classe: contexto histórico-geográfico para entender a sociedade brasileira pós-abolição.

A atividade teve como convidados o professor do departamento de História Josenildo de Jesus Pereira e o professor do departamento de Geociências Igor Bergamo Anjos Gomes. Além da exibição do curta-metragem brasileiro “Narciso Rap (2003)”, que conta a história de um garoto negro de periferia que ganha uma lâmpada mágica e pede ao gênio para ser visto como branco pelos brancos e negro pelos negros.

Segundo Rômulo Botafogo, presidente do Cahis e um dos organizadores do evento, é de grande relevância discutir essa temática que está no centro da formação da sociedade brasileira. “É inadmissível que o racismo ainda seja praticado no século XXI, e o intuito desta ação é abordar as marcas dessa prática intolerante desde a abolição da escravatura. Devemos vestir essa camisa e lutar cotidianamente contra essa prática preconceituosa”, comentou. 

O docente Igor Gomes afirma que é importante se ater às discussões que afetam a diversidade étnica, racial, sexual e de gênero, e que debates como esses devem transcender os muros da academia. “Partindo de um eixo comum de análise, deve-se pensar como o racismo estrutura as sociedades de classe no Brasil, tendo como ponto de partida o olhar do campo geográfico e histórico, além de saber como se findou uma ideia de branquitude e negritude repleta por marcas preconceituosas ao longo do tempo”, pontuou.

Ele ainda destacou que a ideia de raça se tornou um produto eminente colonial no país e que, após o período da abolição da escravidão, os afrodescentes viveram momentos críticos, pois foram relegados à própria sorte. “No primeiro censo realizado no país, em 1995, apontou-se que 90% da população era negra e indígena, contudo não havia postos de trabalho para aquela população. Os primeiros indicativos formais dos direitos dos negros foram apontados na Constituição de 1988 e só foram implementados e constituídos na década seguinte, por meio de projetos”, esclareceu. 

Já o professor Josenildo Pereira relata que a mudança de mentalidade não se faz de forma abrupta e demanda tempo quando se trata do racismo no Brasil. “Temos conquistas e ações importantes. Um exemplo disso é o acesso da população negra à educação e à criminalização do racismo, política, por sua vez, de extrema relevância. Mas, a despeito de tais políticas, a questão é: por que ainda não se pode dizer que tenha havido uma mudança qualitativa no que tange à cultura da sociedade brasileira?”, questionou.

 

CAFÉ HISTÓRICO-GEOGRÁFICO - 12-11-2019 - MAIARA PACHECO


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Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante
Fotos: Maiara Pacheco
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Allan Potter
Última alteração em: 13/11/2019 17:02

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