UFMA

SÃO LUÍS – A liberdade de pensamento é comemorada em todo o mundo no dia 14 de julho. Esse direito foi aprovado em 1789 por meio da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na França, que refletiu diretamente na Constituição Brasileira de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, sendo um marco aos direitos dos cidadãos, por ter garantido liberdades civis aos brasileiros.

De acordo com a professora da disciplina de Ética e Jornalismo do curso de Comunicação Social – Jornalismo na UFMA, Câmpus São Luís, Patrícia Rakel, a liberdade de pensamento é um pressuposto essencial da condição humana. “Essa liberdade, para ser também uma condição ética que rege a humanidade, precisa ser social e coletiva. Precisa tomar as dimensões públicas de coerência e universalização das ações. Mas há de se ponderar os cuidados para que essa liberdade não extrapole os limites da convivência coletiva e humana”, relata.

A liberdade de expressão no Brasil é garantida por meio do artigo quinto da Constituição Federal, que diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Essa lei deve ser respeitada e utilizada de forma ética por todos, sem ultrapassar os direitos do outro, como comentou a professora.

“A liberdade do pensamento estendida a todos não pode ser confundida com a tolerância ao intolerante. Ela deve ser buscada nos princípios éticos de humanidade, de transformação coletiva. Ou seja, eu só posso ter a liberdade de pensamento se isso condisser com minhas ações práticas, em um meio coletivo, e se todos também o puderem fazer da mesma forma”, afirmou.

Liberdade de expressão e a mídia

A relação entre liberdade de expressão e os meios midiáticos é uma das discussões vistas na disciplina de Ética e Jornalismo. Passar aos alunos a ideia de que se vive em uma sociedade plural e que se deve sempre buscar a melhor forma de se contar uma história no jornalismo são os objetivos principais da professora Patrícia Rakel.

“O jornalista precisa entender que um meio social é sempre plural e, por esse motivo, deve buscar eticamente contar as histórias do dia a dia com respeito à condição humana. Nesse caso, ele precisa lutar em sua profissão, na forma de construir narrativas, não apenas pela liberdade de imprensa, que institucionalmente representaria a sua liberdade de expressão profissional, mas também a liberdade de pensamento, estendida a todos os seres humanos”, explicou.

A aluna Bárbara Lauria comentou a experiência da disciplina para a sua futura profissão. “Ter a compreensão do que é liberdade de expressão e até que ponto essa liberdade não acaba se tornando um insulto ou um problema para o outro. Por isso existe a questão da ética dentro do jornalismo. A gente aprende que é preciso expressar opiniões e fatos, mas de uma forma que não oprima nem interfira nos direitos do outro”, relatou.

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Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Patrícia Carvalho
Última alteração em: 16/07/2019 12:45