UFMA

SÃO LUÍS – Estação meteorológica é um equipamento que possibilita o monitoramento de variáveis climáticas. É possível coletar informações como precipitação de água, temperatura ambiente, pressão atmosférica, umidade relativa do ar, velocidade do vento, insolação, umidade do solo, entre outras, o que a torna importante no processo de previsão do tempo. Apesar disso, os custos dessas estações geralmente são elevados.

Buscando uma forma de contornar o problema dos custos, a estudante Patrícia Nágela da Silva Costa, do curso de Engenharia Elétrica da UFMA, produziu a sua monografia com o tema “Desenvolvimento de um sistema de hardware e software para aquisição, processamento e envio de dados meteorológicos baseado em Arduino”, que consiste na criação de um sistema de hardware e software de uma estação meteorológica que permite o microprocessamento e a capacidade de armazenamento persistente dos dados coletados, de forma que haja comunicação com a internet, e tudo a baixo custo.

Como funciona?

A estação meteorológica implementada é formada por um conjunto de sensores de temperatura ambiente, umidade relativa do ar, umidade do solo, precipitação de água, pressão atmosférica e raio ultravioleta. Os dados captados pelos sensores são enviados em tempo real para um banco de dados, de tal forma que podem ser acessados remotamente de qualquer lugar que tem acesso à internet.

Também é utilizada a plataforma Arduino – uma espécie de placa semelhante ao de um pequeno computador, na qual se pode programar a maneira como suas entradas e saídas devem se comportar em meio aos diversos componentes externos que podem ser conectados nelas – que, por sua vez, é utilizado para realizar a leitura e o tratamento dos dados climáticos. O protótipo também é composto por um módulo wi-fi a fim de enviar as informações coletadas para um banco de dados.

Os resultados da pesquisa

Por prever as variações climáticas, o projeto da estação de baixo custo ganha importância como um reforço no monitoramento dos impactos causados por essas variações. Um exemplo disso é que, em algumas regiões do Brasil, a variável chuva causa diversos problemas, principalmente nos períodos de maiores índices pluviométricos, tanto para os habitantes da Zona Rural quanto da cidade. Na zona urbana, uma das consequências diretas dos períodos chuvosos é o aumento dos engarrafamentos, enquanto, nas periferias, um dos problemas mais graves enfrentados por seus habitantes são as inundações.

Dessa forma, a estudante destaca as diversas variações climáticas que podem ser monitoradas por meio da estação. “Em alguns processos industriais, é necessário monitorar calor, pragas, chuvas, entre outros, sendo os mesmos fatores que impactam no resultado final de suas operações. Além das chuvas, monitorar o índice de radiação ultravioleta também é viável, visto que essa variável está associada até mesmo com o aparecimento de câncer de pele. Convém também acompanhar os dados de umidade relativa do ar, pois tanto uma umidade muito alta quanto muito baixa pode causar problemas respiratórios”, ressalta.

Sistema de baixo custo

A aluna destaca ainda o uso dos materiais utilizados no desenvolvimento da estação, como forma de contribuir para tornar e manter o equipamento em baixo custo. Ela reitera os planos para o projeto desenvolvido: “Pretendemos adicionar outros sensores ao hardware implementado, como por exemplo, um pirômetro, heliógrafo ou um anemômetro, assim como também a criação de um produto, visto que foi desenvolvido o hardware e software da estação meteorológica, no qual o circuito permaneceu montado no protoboard”, finalizou.

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Produção: Luiz Gabriel Bastos e Marcos Paulo Albuquerque
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 24/02/2019 22:25