UFMA

PINHEIRO - Aplicar novos métodos sustentáveis na exploração de recursos pesqueiros e trabalhar na conservação de crustáceos, moluscos e peixes: essa é a tarefa do Engenheiro de Pesca, profissional imprescindível na gestão de órgãos e empresas que realizam atividades nos setores de pesca e aquicultura e que é homenageado no dia 14 de dezembro, data escolhida para simbolizar o Dia do Engenheiro de Pesca.

Desde 2015, o Câmpus Pinheiro da Universidade Federal do Maranhão forma profissionais de excelência na área, por meio do curso de graduação em Engenharia de Pesca, ofertado no Centro de Ciências Humanas, Naturais, Saúde e Tecnologia (CCHNST). Nós conversamos com André Guimarães, um dos professores do curso, para falar sobre a importância do profissional, da área e das diversas atividades desenvolvidas no estado. Confira abaixo. 

UFMA: Professor, como você enxerga a importância do profissional da engenharia de pesca na atualidade? Quais as funções que um engenheiro pode exercer?

André Guimarães: O profissional de engenharia de pesca é de extrema importância no contexto social e econômico do Brasil, ao qual é atribuído a função de produzir alimentos em meio aquático, especificamente os pescados — peixes, crustáceos, moluscos e outros organismos —, respeitando os princípios da sustentabilidade. O Brasil é um país de dimensões continentais, com uma extensa área litorânea, uma das maiores reservas hidrológicas em âmbito mundial, além de ter uma Zona Econômica Exclusiva em ambiente marinho com área de exploração de recursos vivos e não vivos de dimensões próximas à Região Amazônica, para a qual é atribuída popularmente a denominação de “Amazônia Azul”. 

UFMA: O projeto pedagógico do curso oferece um curso de engenharia voltado a um olhar mais ético e humano. Como esse olhar é trabalhado ao longo dos cinco anos de graduação?

A.G. - De fato, o PPP do curso apresenta uma estrutura curricular bastante atualizada com as demandas da sociedade. Além das disciplinas das áreas exatas, biológicas e específicas da Engenharia de Pesca, são ofertadas disciplinas obrigatórias de Sociologia e Comunicação Social, Extensão Pesqueira, entre outras, que viabilizarão a formação do futuro profissional em questões sociais que são tão atreladas ao contingente dos pescadores e aquicultores no Brasil.

UFMA: Quais foram as conquistas do curso e no que ele foi melhorado desde sua inauguração?

A.G. - Uma das conquistas já foi citada: a inauguração do Prédio da Engenharia de Pesca e Educação Física. Algumas conquistas que valem destaque são: aprovação de projetos de pesquisa; inserção dos discentes no desenvolvimento de pesquisas importantes para o setor pesqueiro na Baixada Maranhense; integração com o Sebrae com a realização do Seminário de Piscicultura da Baixada; ações de extensão que envolvem diversas instituições em Pinheiro; a participação efetiva em congressos nacionais e internacionais; trabalhos de pesquisa premiados em congressos na área de engenharia de pesca em âmbito nacional; participação nos programas de iniciação científica e tecnologia e inovação, com trabalhos premiados em 2018; e o mais importante: formar profissionais capacitados para atender às demandas do setor pesqueiro no Maranhão.

UFMA: Como o senhor enxerga a área de Engenharia de Pesca em Pinheiro? E no Maranhão?

A.G. - Com bastante otimismo, pois o Maranhão tem o segundo maior litoral do país, um potencial hidrológico imenso, clima favorável e um complexo estuarino bastante produtivo. Bastam somente investimentos no setor para alavancar a produção de pescados no estado, sempre respeitando os princípios da sustentabilidade. No que se refere a o curso ser ofertado em Pinheiro, município polo da região da Baixada Maranhense, vejo perspectiva de formação de profissionais qualificados para suprir um grande desafio: dinamizar a cadeia produtiva de pescados na Baixada Maranhense. Mas tenho certeza que esses alunos um dia vão contribuir bastante para o desenvolvimento de suas cidades natais.

UFMA: Quais investimentos foram feitos em pesca na região e quais as contribuições geradas pelo curso?

A.G. - No setor pesqueiro e aquícola maranhense, a região da Baixada Maranhense destaca-se pelo grande volume de capturas decorrentes de vários municípios, como Cururupu, Apicum-Açu, Guimarães e Turiaçu, além de ter o maior polo de piscicultura do estado, situado em Matinhas. Os investimentos no setor pesqueiro no Maranhão ainda não são muito visíveis, mas, enquanto isso, é dever da universidade investigar e pesquisar soluções práticas visando sempre ao desenvolvimento da atividade pesqueira.

UFMA: Qual a recepção dos alunos em relação ao curso?

A.G. - A recepção da maioria dos alunos é ótima em relação ao Curso de Engenharia de Pesca. Os frutos já estão sendo colhidos. Hoje, no dia 14 de dezembro, dia do Engenheiro de Pesca, por exemplo, os alunos novamente, via Centro Acadêmico, organizaram pela quarta vez a comemoração do nosso ao Dia da Engenharia de Pesca.

Saiba mais

No ano de 2018, foi entregue para a comunidade acadêmica de Pinheiro o Prédio de Engenharia de Pesca e Educação Física, como forma de impulsionar as atividades por meio de uma estrutura dedicada para a prática laboratorial da área, pesquisas e a prática da extensão. Atualmente, a primeira turma do curso de Engenharia de Pesca está no sétimo dos dez períodos letivos da graduação. 

Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
Siga a UFMA nas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e RadioTube

Produção: Luiz Gabriel Bastos
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Rodrigo Bomfim
Última alteração em: 14/12/2018 16:10